Desafios e oportunidades para 2016
2016 será um ano de grandes desafios para a maioria dos gestores de Tecnologia da Informação. A crise econômica e o agravamento do cenário político em nosso país atrapalham o planejamento das empresas e, consequentemente, impactam diretamente na decisão por investimentos.
Diante desse cenário, os gestores dessas áreas precisarão se manter atentos, pois terão um papel fundamental na escolha e na priorização dos projetos a serem executados.
Ao analisarmos o contexto fiscal, temos vários projetos que dependem da participação do setor de TI pois, em 2016, os esforços serão concentrados às entregas do BLOCO K e ao eSocial. No BLOCO K, o setor de TI terá um papel importante para saber identificar as mudanças que poderão causar impacto à geração das informações. Por isso, torna-se necessário que esse público compreenda todo o fluxo de informações envolvidos: desde a integração do processo industrial até a composição do arquivo e os sistemas especialistas envolvidos, gerando com eficiência as atualizações necessárias para extração dos dados de Controle de produção e estoque.
Já o eSocial, por se tratar de uma obrigação que deixa de ser manual, também demandará uma atenção minuciosa do profissional de TI, considerando que este sistema de escrituração digital pode gerar muitos impactos nas diversas áreas da organização, como por exemplo: seleção de pessoas, admissão, afastamento, férias, rescisão e segurança de trabalho.
Mas existem outras mudanças importantes que deverão ser acompanhadas com atenção. Destaco a opção pela CPRB (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta), onde será necessário projetar cenários para definir o melhor modelo para a organização; e as mudanças na entrega do ECD e ECF, que tiveram suas datas antecipadas. É importante ressaltar que essas entregas possuem cronograma obrigatório definido pelo governo e, portanto, passam a ser prioridade.
Por outro lado, existem projetos como a gestão de documentos eletrônicos e a validação das informações fiscais que, apesar de não serem obrigatórios, podem significar ganhos financeiros, redução de custos operacionais ou ainda redução da exposição fiscal da empresa.
Se avaliarmos todas as demandas de TI geradas pela organização, considerando os projetos obrigatórios e não obrigatórios, a complexidade aumenta e o gestor de TI precisará usar as melhores ferramentas disponíveis focado na assertividade e tomar a melhor decisão para o negócio. É importante que o gestor saiba calcular o retorno do investimento de cada projeto pois isso facilitará a tomada na decisão.
O desafio em 2016 está lançado! Será necessário usar a criatividade para fazer mais com menos recursos.
Alguns gestores passarão o ano lamentando as dificuldades, enquanto outros vão aproveitar as oportunidades. Quem estiver melhor preparado, conseguirá se destacar neste cenário turbulento, gerando melhores resultados para a organização e para sua carreira.
E você, qual a sua escolha para enfrentar 2016?
Cassio Ricardo de Medeiros – Diretor Comercial da Quirius