Pronampe volta e empresta R$ 5,3 bilhões em um dia, diz senador
Com novas regras, o programa Pronampe, de crédito para micro e pequenas empresas e microempreencedores individuais (MEIs), voltou a fazer empréstimos nesta segunda-feira e registrou procura elevada. Em SC, foram liberados no primeiro dia R$ 170 milhões em contratos com 1.500 empresas e, em todo o Brasil, foram R$ 5,3 bilhões em mais de 50 mil operações, informou o senador Jorginho Mello (PL-SC), que acompanha os dados por ter sido autor do projeto.
O Banco do Brasil, por exemplo, informou no seu site que fez liberação recorde pelo programa no primeiro dia. Foram R$ 2,5 bilhões em 23.516 operações no país. O governo disponibilizou para essa fase, que vai até o fim do ano, R$ 50 bilhões, tendo aval parcial do Fundo Garantidor de Operações (FGO).
– Temos muitas empresas que necessitam de crédito acessível porque diversos setores mais afetados pela pandemia só conseguiram retomar maior ritmo de atividade a partir do final do ano passado. Aí não conseguiram receita para pagar todos seus compromissos – explica Rosi Dedekind, presidente da Fampesc, a Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de SC.
Segundo ela, em função da crise da pandemia, muitas empresas estão repactuando dívidas não pagas. Elas tomaram empréstimos durante a crise sanitária, mas não conseguiram quitar tudo dentro dos prazos. Essa repactuação pode ser feita diretamente no contrato ou com um novo empréstimo do Pronampe.
O senador informou que com esses recursos, o programa somará R$ 112 bilhões em empréstimos. Nas etapas anteriores, foram liberados R$ 62 bilhões em créditos. Os recursos poderão ser usados para investimentos, capital de giro, pagamento de salários e despesas correntes. Não podem ser destinados para distribuição de lucro.
O custo do dinheiro é a taxa Selic, hoje em 13,5%, mais 6%, que resulta em 19,5% ao ano. A carência é de 11 meses, o pagamento deve ser em 37 parcelas e o limite para o crédito é até R$ 150 mil para pequena empresa.
Antes de solicitar o empréstimo, a empresa deve pegar um documento na Receita Federal para comprovar receita. Isso porque o crédito é de até 30% do faturamento de 2021.
Fonte: NSC Total