Pequenas e médias poderiam liderar as disrupções
Em um ambiente em que “pensar fora da caixa” rende bons negócios, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) poderiam encabeçar grandes quebras de paradigmas. Com estruturas menores e menos engessadas, elas teriam condições de liderar em disrupções.
“Marcas disruptivas são aquelas que pensaram nas necessidades humanas relevantes e trouxeram inovações que endereçam necessidades reais dessas pessoas”, disse a vice-presidente de serviços ao cliente na Kantar Millward Brown, Silvia Quintanilha.
Dentro deste contexto, ela destaca o papel protagonista que as empresas de menor porte poderiam ter nesse movimento. “As PMEs são as que deveriam ser menos presas a formatos, normas e guidelines pré-estabelecidos, por isso a maior oportunidade de buscar formas disruptivas de atingir seus públicos-alvo”, conta ela.
A consultora explica ainda que, ao ver cases de sucesso em marcas como Uber e Netflix, os empresários têm se mostrado mais abertos à oportunidades inovadoras. No entanto, uma questão que prejudica um avanço ainda mais rápido dessas empresas, no caso do Brasil, são os resquícios da crise econômica.
“Os tempos de crise são mais desafiadores para o nascimento de marcas disruptivas. Porque nesses períodos as marcas e empresas estabelecidas tendem a se manter presas a seus formatos atuais”, conta.
Além disso, com o foco no “agora”, um período de instabilidade econômica leva as empresas a investir mais em mercados, marcas e consumidores atuais. “Entendem que é daí que hoje vêm seus principais ganhos e não pensam no futuro, apenas no curto prazo.”
No caso do Brasil, a consultora citou a rede de Posto Ipiranga por ter uma postura disruptiva em um setor altamente tradicional. “Um exemplo brasileiro interessante de marca que cresceu foi o Posto Ipiranga, que com um conceito disruptivo de posto de gasolina “full service” praticamente dobrou seu equity na última década. Com um conceito claro e disruptivo e uma campanha consistente obteve sucesso.”
Fonte: DCI-SP