Índice que mede confiança do empresário de SC cresce pela primeira vez no ano

SÃO PAULO – Os empresários industriais do estado de Santa Catarina voltaram a ficar confiantes. De acordo com o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial), em julho, houve uma alta de 7,1 ponto em relação ao último levantamento, realizado em abril. Dessa forma, o índice passou de 47,3 pontos no quarto mês do ano para 54,4 pontos neste mês. O resultado é o primeiro positivo desde outubro de 2008.

 

A pesquisa foi realizada pela Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), com 117 empresas de pequeno, médio e grande porte e divulgada nesta quarta-feira (22). O ICEI é medido trimestralmente e varia entre 0 a 100 pontos. Quando o resultado supera os 50 pontos, o índice revela confiança dos empresários industriais. Resultados abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança.

 

Na opinião do presidente em exercício da Fiesc, Glauco José Côrte, o fato mais relevante é que o índice de confiança reverteu a tendência de queda dos trimestres anteriores. Para ele, isso é resultado da melhoria do desempenho da indústria catarinense.

 

“Este resultado reforça a confiança do industrial na retomada do crescimento da economia catarinense e brasileira. Mas, apesar da melhora, a economia ainda passa por um período difícil devido à retração no consumo e à dificuldade de acesso ao crédito, particularmente para as pequenas e médias empresas”.

 

Outros índices
O estudo destaca ainda que a avaliação dos empresários catarinenses com relação às condições atuais da economia também aumentou, na comparação com o último levantamento. Neste caso, o índice, que era de 30,5 pontos em abril, passou a ser de 43 pontos em julho.

 

A expectativa dos industriais catarinenses também seguiu a tendência de alta, passando de 55,7 pontos no quarto mês do ano para 60,2 pontos em julho.

 

Por outro lado, os empresários industriais de Santa Catarina relataram como principal problema enfrentado no segundo trimestre a falta de demanda. Logo depois, os empresários citaram como empecilhos a elevada carga tributária, a competição acirrada do mercado, a falta de capital de giro e os juros elevados.

 

Com relação ao acesso ao crédito, 42% dos executivos consultados disseram que a concessão de financiamentos esteve difícil no trimestre. Já para 38,4% o acesso ao crédito esteve normal e 18,6% classificaram como muito difícil.