eSocial – Como empresas de qualquer tamanho devem se preparar para a entrada em vigor do programa
Após muito burburinho, especulação e reclamação, as empresas brasileiras se preparam para a entrada em vigor do programa, que tem como objetivo unificar o envio de dados das empresas ao governo federal e foi idealizado como uma ferramenta de fiscalização mais rigorosa, além de diminuir a papelada e não necessitar mais enviar o mesmo documento para mais de um órgão.
De acordo com o cronograma divulgado pelo Governo Federal, as grandes empresas, que faturaram mais de R$ 78 milhões em 2014, deverão iniciar o uso do sistema a partir de setembro de 2016. Já as empresas que faturaram até R$ 78 milhões no ano passado, devem enviar as informações gerais pelo eSocial a partir de janeiro de 2017. Especialistas consideram o cronograma apertado até mesmo para as grandes companhias, que deverão arcar com os custos extras na adaptação de seus sistemas às recentes mudanças decorrentes do ajuste fiscal. Em um momento de crise, as empresas estão focadas em ferramentas para não perder faturamento nem postos de trabalho.
Uma pesquisa realizada pela Wiabiliza Consultoria Empresarial com 280 empresas de 16 segmentos mostrou que, até abril, data em que o estudo foi divulgado, 20% das companhias consideravam que seus gestores estavam comprometidos com os impactos do eSocial. Outros 21% ainda não tinham identificado os impactos sobre a cultura organizacional e a gestão de risco, e 9% acompanhavam de longe as novas regras, pois consideram que o software da folha de pagamento atenderá a todas as necessidades. O resultado do estudo expõe a fragilidade das companhias e o despreparo dos profissionais de recursos humanos, maiores responsáveis pelo envio dos dados, o mais complexo deles a folha de pagamento, que concentra cerca de 70% das informações que devem ser passadas para o governo.
Se para as grandes empresas já é um tormento, imaginem para as pequenas, a burocracia informatizada até aqui só tem dado dor de cabeça não simplificou nada.
Eu costumo dizer que temos um regime chines em nossa economia, com tanta ou mais participação do estado em nossas operações de comércio que no país asiático. Com um sócio voraz, que sempre quer mais, e que engessa as operações incluindo controles e mais controles, porém sem nenhuma contrapartida e retorno efetivo para a sócio privado (nesse caso nós empresários)!