Condição de crédito continua melhor para pessoa física do que para empresas

SÃO PAULO – As condições de crédito para pessoas físicas seguem favoráveis, mas, para pessoas jurídicas, a situação dos empréstimos é fraca, sem tendência de recuperação após a crise, segundo concluiu o Itaú Unibanco, em relatório divulgado nesta terça-feira (28).

 

De acordo com os dados, as concessões de crédito para pessoas físicas voltaram a acelerar. A tendência de crescimento, com base na média de três meses analisada em cada dia útil, subiu para 2,2% em junho, contra 1,7% em maio.

 

“A melhora foi concentrada nas categorias de veículos, cheque especial – pode ser indicativo de elevação da inadimplência nos próximos meses – e outras, enquanto a compra de outros bens e cartões de crédito apresentaram desaceleração na margem”, disse o banco no relatório, que foi feito com base na Nota de Política Monetária do Banco Central.

 

Com a melhora nas concessões de crédito a pessoas físicas, o spread voltou a cair, de 37,4% em maio para 35,7% em junho, e a taxa de inadimplência se manteve em 8,6%.

 

Pessoas jurídicas
Na contramão da situação ao consumidor, o crédito para a pessoa jurídica manteve desempenho fraco, com aceleração da queda das concessões, passando de -1% em maio, na média de três meses analisada a cada dia útil, para -1,5% em junho.

 

A inadimplência (atrasos acima de 90 dias) das empresas registrou alta para 3,4% em junho, apesar de arrefecimento das taxas de atraso inferior a 90 dias, que passou de 2,7% para 2,3%, o que, segundo o Itaú Unibanco, pode ser um sinal positivo para os próximos meses.

 

O spread para as pessoas jurídicas ficou estável, passando de 18,7% em maio para 18,3% em junho.

Fonte: InfoMoney