Brasil está pronto para avançar em um ciclo longo de crescimento da economia, aponta ministro da Fazenda
Impulsionado pela perseverança na condução de medidas que estão estimulando o resgate do crescimento e com o aproveitamento das vantagens geopolíticas que o país tem em escala global, o Brasil está pronto para avançar em um ciclo longo de crescimento da economia. Esse posicionamento foi apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite desta quarta-feira (13/9), ao participar do evento “Exame — Melhores & Maiores 2023”, em São Paulo. “No momento atual, o Brasil chama atenção”, afirmou o ministro, ao destacar que a recuperação do cenário doméstico gera também oportunidades internacionais, como a atração de investimentos.
Com cada braço da política econômica fazendo a sua parte, temos condições de pagar menos juros, alavancar o mercado de capitais, fomentar mais investimentos, gerar mais oportunidades e qualificar o emprego no Brasil”, Haddad
O ano de 2023 será bastante positivo para o país, com crescimento econômico, bons resultados na balança comercial, além de “inflação e câmbio comportados”, apontou o ministro da Fazenda. Haddad lembrou de marcos importantes que já estão promovendo o reequilíbrio das contas públicas, como a recente aprovação do novo Arcabouço Fiscal e dos avanços da Reforma Tributária no Congresso.
Haddad advertiu, entretanto, que o governo não está preocupado apenas em ajustar a questão fiscal, mas em solidificar as bases para um ciclo de crescimento sustentável, de forma ampla. E, nesse ponto, o Brasil tem diferenciais únicos em relação a outros países, como as oportunidades na geração de energia verde, destacou. Diante dessas considerações, o ministro manifestou expectativa nos resultados a serem obtidos pelo Plano de Transformação Ecológica, pela capacidade de ampliar as potencialidades brasileiras em escala global. Citou também a importância das ações em Parcerias Público-Privadas (PPPs) para ampliar o crescimento nacional.
O foco final de todo o conjunto de ações executadas antes mesmo da transição de governo, no início do ano, é garantir a sustentabilidade fiscal, ambiental e social, de forma conjunta, sem desprezar as oportunidades que estão sendo abertas para o país no atual momento, explicou o ministro. Haddad destacou, ainda, a necessidade de o Brasil reforçar o acesso dos jovens ao ensino médio aliado à formação profissional, tarefa que constitucionalmente cabe aos estados, para alavancar ainda mais a perspectiva de crescimento futuro.
O clima de diálogo, com harmonia, está sendo essencial para promover a retomada do crescimento e reequilibrar o país, apontou Haddad, ao lembrar que soluções executadas desde o início do ano para ajustar a economia e as contas públicas, contaram com o apoio dos poderes Legislativo e Judiciário. “Porque sem espírito público não se constrói uma nação”, afirmou. Ele também destacou atualmente que as políticas monetária e fiscal seguem um caminho convergente. “Sempre falo que não existe política monetária e política fiscal. Existe política econômica. São braços do mesmo organismo, trabalhando para o mesmo propósito”, afirmou o ministro.
“Com cada braço da política econômica fazendo a sua parte, temos condições de pagar menos juros, alavancar o mercado de capitais, fomentar mais investimentos, gerar mais oportunidades e qualificar o emprego no Brasil”, declarou. De acordo com ele, a meta é, sempre, promover o progresso sustentável, com justiça social, democracia, liberdade de expressão e liberdade de empreender, apontou. “Porque este país não pode crescer menos do que a média mundial. Não temos o direito de oferecer para a sociedade menos do que um crescimento superior à média mundial”, afirmou o ministro.
O debate foi mediado pelo economista-chefe do banco BTG Pactual, Mansueto Almeida. “Nos próximos três anos, o Brasil deve crescer mais do que o México, Colômbia, Chile, França, Itália, Estados Unidos e Alemanha”, disse Mansueto, ao reforçar o posicionamento apresentado por Haddad de que o Brasil atual ocupa posição de destaque no cenário econômico mundial.
Fonte: Ministério da Fazenda