Secretário de Guedes diz que problema no Brasil é ‘tributação excessiva sobre quem produz’
Carlos Alexandre da Costa disse estar totalmente alinhado com o ministro da Economia na proposta de reforma do IR e alegou ser contra o aumento de impostos no País
BRASÍLIA – O secretário especial de produtividade e competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Da Costa, usou as redes sociais para manifestar contrariedade com o debate em torno do projeto de reforma do Imposto de Renda. “O problema tributário no Brasil não é sobre ricos versus pobres, e sim sobre tributação excessiva sobre quem produz vs burocracia proibitiva que leva muitos brasileiros à informalidade”, escreveu Da Costa.
No projeto, o governo propôs a volta da tributação de lucros e dividendos com alíquota de 20% (hoje isentos), além do fim da possibilidade de as empresas deduzirem do imposto a pagar a distribuição dos Juros sobre Capital Próprio (uma forma de remunerar os acionistas). A proposta foi criticada pelos empresários, que afirmam que haverá aumento da carga tributária do País.
Depois que o projeto foi enviado, cresceu o debate sobre o caráter distributivo do projeto que aumenta a carga dos super-ricos. É esse ponto que Da Costa agora contesta na sua conta do twitter.
Mas o próprio secretário da Receita Federal, José Tostes, em entrevista ao Estadão/Broadcast chamou atenção para a importância do projeto ao tributar acionistas de empresas que ganham muito renda de lucros de dividendos, que hoje [e isenta. Tostes disse que não se pode misturar a tributação de empresas com a de pessoas físicas e expõe de onde vem a reclamação pela manutenção da isenção de lucros e dividendos. “Temos aqui apenas 20.858 pessoas, numa população de 210 milhões, que receberam R$ 230 bilhões sem pagar imposto. Essas pessoas pagaram só 1,8% de todo o rendimento que receberam”, afirmou.
No dia da divulgação do projeto, reportagem do Estadão mostrou o descontentamento de integrantes da equipe de Guedes com a proposta, apontada por eles como ruim para os investimentos do setor produtivo.
Fonte: TERRA