Sindicato da Fiação de Brusque completa 80 anos
Um dos fundadores da FIESC, o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sifitec) comemorou os 80 anos de fundação ontem, 28. Em 25 de maio de 1950, o Sifitec integrou o grupo de sete sindicatos que fundou a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Em discurso, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, lembrou o pioneirismo de nomes como João Bauer e Carlos Renaux, cujos esforços renderam a Brusque o título de berço da fiação, com a instalação dos primeiros teares no Estado, numa época em que em nível nacional era a atividade cafeeira que movia a economia.
Côrte destacou que por trás da força do setor têxtil estão 80 anos de associativismo, que dão voz às indústrias. “Assim como na instalação da atividade na região, o Sifitec nasceu em meio a uma grande mudança política no País e hoje, ao comemorarmos mais um ano de seu aniversário, permanece fortalecido diante de tantas incertezas nas esferas do poder público. A história deste sindicato patronal, que se confunde com parte da história recente de Brusque e Santa Catarina, é a prova de que a busca por maior competitividade e integração setorial ultrapassa os desafios do tempo presente, em que a atuação sólida dos empresários industriais serve de alicerce à prosperidade econômica do Estado”, afirmou Côrte.
O presidente da FIESC informou que Botuverá, Brusque e Guabiruba tem participação industrial de 45% − quando a média de Santa Catarina é de 30,3%, com PIB per capita de R$ 46 mil, que ultrapassa em quase R$ 10 mil o estadual. Os três municípios compreendem 2,2% da população do Estado e 3% dos empregos e estabelecimentos. A indústria têxtil e de confecções criou mais de 1,4 mil vagas no acumulado do ano até agosto. Este desempenho, argumentou Côrte, está associado ao crescimento na produção industrial em 2017, que no Estado é de 3,3%, sendo de 0,6% na fabricação de produtos têxteis e de 7,6% na confecção de artigos de vestuário e acessórios. “Em um cenário de forte crescimento da confiança industrial e com a ampliação das intenções de investimento, a recuperação do setor frente aos impactos da crise já pode ser vislumbrada”, avaliou.