Servidores encerram greve em Joinville
Acabou ontem, dia 4, a segunda greve realizada pelos servidores de Joinville este ano. Todos os serviços serão restabelecidos normalmente a partir de hoje, 5. O movimento reivindicava condições de trabalho e respeito a direitos estatutários da categoria. Os trabalhadores estavam paralisados desde segunda-feira. A mobilização resultou em ações da Prefeitura desde o anúncio da greve, na semana passada, e em algumas respostas positivas na reunião de negociação ocorrida ontem entre governo e sindicato. “O que nós fizemos nesta semana vai para a história desta categoria“, afirmou o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, após a votação. “É a primeira greve que realizamos desta qualidade, tão politizada, com tão alto grau de consciência”, avaliou.
Conquistas da greve
O Centro de Atenção Psicossocial III Dê-Lírios (Caps III), primeiro setor a entrar em greve, em 15 de setembro, conseguiu derrubar a imposição de jornada de trabalho de 44 horas. Também foi garantida a manutenção da gratificação recebida no local. Serão restabelecidas as jornadas anteriormente praticadas, que variam entre 30 e 42 horas semanais, de acordo com a função desempenhada, com melhorias nas escalas de trabalho.
A verba do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (Pmaq) referente a 2016 será dividida na proporção de 70% para as equipes de saúde da família contratualizadas e 30% para utilização da administração. Esta era a divisão solicitada pelos trabalhadores. No entanto, a Prefeitura insiste em modificar as regras para 2017, modificando a proporção para 50% aos trabalhadores e 50% para a administração.
Em relação ao corte de recesso para os servidores lotados no CCA e no ambulatório do Hospital São José, o governo garantiu que o descanso será concedido caso não haja necessidade de abrir estes setores neste período.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) já estão sendo distribuídos nas unidades de obras e a Prefeitura promete que eles serão entregues também às cozinheiras.
Os coveiros terão sua remuneração atual mantida.
A transferência do agente operacional de edificação Eleidir Hoffmann, da Subprefeitura Sul, que estava sendo punido por denunciar a situação do seu local de trabalho, foi cancelada.
A diretora que praticou assédio moral e teve vídeo divulgado pelo Sinsej e pela imprensa foi afastada para averiguação.
Em relação ao restabelecimento do pagamento de licença-prêmio, há a promessa de apresentação de proposta e apenas para a Secretaria de Educação.
O fornecimento de merenda nos Centros de Educação Infantil está sendo restabelecido.
A Prefeitura se comprometeu ainda em cancelar a falta injustificada aplicada aos servidores que participaram da paralisação nacional de 30 de junho.
Os dias de paralisação da greve poderão ser compensados, sem prazo delimitado e sem prejuízos na carreira dos trabalhadores. Compreendem-se os dias 28 de setembro (assembleia com paralisação) e os dias 2, 3 e 4 de outubro (greve).