Serviços bancários mais caros
Maiores reajustes estão em produtos utilizados na hora do aperto no bolso.
Os juros de empréstimos pessoais ou para o consumo finalmente começam a cair no País, mas as tarifas cobradas por serviços bancários seguem o rumo inverso. Desde o início do ano, os bancos aumentaram o preço de alguns produtos financeiros em até 90%.
Em geral, os maiores reajustes ocorreram em serviços menos utilizados pelos clientes no dia a dia, mas importantes em situações de aperto. Alguns exemplos: o preço do pagamento de contas usando crédito em espécie aumentou 89,8% no Bradesco neste ano, e a concessão de adiantamento ao depositante ficou 73% mais cara no Banrisul. Os reajustes em serviços não usuais podem pegar o consumidor desprevenido quando precisar acessá-los, sem tempo para comparar com outros bancos”, analisa Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).
A manutenção do valor das taxas mais simples pode ser uma maneira de os bancos não perderem clientes no momento da abertura de contas, quando há maior pesquisa em relação aos serviços mais utilizados, explica Oliveira. Para Luís Miguel Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating, o aumento das tarifas é resultado de uma diversificação dos bancos na busca por receita, diante da queda gradativa dos juros no País.
* A Notícia