Secretário reafirma meta de 2,3% do PIB no primário
Augustin ressalta que governo poderá cobrir déficit de estados e municípios
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, reafirmou nesta terça-feira (25) o compromisso do governo federal de atingir a meta de superávit primário equivalente a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. “Temos tranquilidade para cumprimento do primário. Essa meta é absolutamente coerente com a política monetária apresentada pelo Banco Central”, ressaltou Augustin, em entrevista coletiva para comentar o resultado das contas públicas do Governo Central em maio.
A meta apresentada já conta com o abatimento legal de investimentos e desonerações de até R$ 45,2 bilhões e gera uma meta global do Governo Central de R$ 63 bilhões. Até maio deste ano, Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, juntos, acumulam um saldo positivo de R$ 33 bilhões no conceito primário em suas contas. “Achamos que essa é a melhor política”, afirmou.
Augustin destacou que, caso seja necessário, o governo cobrirá possível déficit de estados e municípios. “Eles estão com um superávit primário acumulado (de janeiro a abril) de 0,95% do PIB, exatamente o previsto até o momento, mas, se houver alguma dificuldade, principalmente em função das receitas, vamos cobrir”, afirmou o secretário, completando que, até o momento, o resultado fiscal dos governos regionais deste ano aponta para uma tendência melhor nas contas públicas que a de 2012.
Leilões do Tesouro Nacional
O secretário aproveitou a coletiva de imprensa em que anunciou o superávit primário do Governo Central para classificar como positivo o resultado dos leilões de compra e venda de títulos públicos federais realizados pelo Tesouro nos últimos dias.
“O mercado se expressa de maneira objetiva: comprando e vendendo títulos, e os resultados têm refletido os bons fundamentos do Brasil. A maioria dos investidores é de compradores, não tivemos saída relevante de estrangeiros e eles mostraram muito claramente nosso ponto”, afirmou.
Augustin disse ainda que o país tem reservas cambiais e um “colchão de liquidez alto”. “Estamos tranquilos com as condições de mercado. No entanto, toda vez que houver volatilidade e acharmos necessário, faremos novos leilões, eles funcionam como um parâmetro para o mercado” resumiu.
Assessoria de Comunicação Social – ACS