Risco país cai ao menor nível em dois anos após melhora da nota de crédito do Brasil
Indicador de risco de calote operava na casa dos 166 pontos, bem abaixo do patamar do início do ano
O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos, uma medida para o risco-país, recuava para o menor patamar em mais de um ano nesta quarta-feira (26). O movimento ocorre após a agência de classificação de risco Fitch ter elevado a nota de crédito para o Brasil.
O CDS operava próximo da casa de 166,223 pontos na tarde desta quarta-feira, segundo dados da Bloomberg. É o patamar mais baixo desde o dia 05 de julho de 2021, quando o indicador estava na casa dos 164.875 pontos.
Para efeito de comparação, o CDS estava a 254,420 pontos no final de 2022.
O CDS é uma métrica que indica a possibilidade de calote por parte de um país ou ente privado. A diminuição do índice, portanto, sinaliza para maior confiança.
A decisão da Fitch coloca o Brasil a duas notas da obtenção do grau de investimento — que é o “selo” de bom pagador, ou seja, que atesta a capacidade do país em honrar seus compromissos. Com ele, o país atrai aportes, pois é entendido como um porto seguro para o investidor.
“A elevação dos ratings do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”, afirma a agência