Reforma: Uma vacina contra a crise financeira
Projeto quer criar mecanismos de proteção a clientes
Maior reforma dos bancos americanos desde os anos 1930, o projeto de mudança do sistema financeiro nasce com uma expectativa de ultrapassar as fronteiras dos EUA. Seus efeitos devem ser sentidos inclusive no Brasil.
Além de submeter o setor financeiro a uma supervisão mais rígida, a proposta do presidente Barack Obama, que deve ser apreciado nos próximos dias pelo Congresso, evitará que bancos se arrisquem excessivamente com os próprios recursos em aplicações especulativas. Além disso, criará mecanismos de proteção aos clientes – ganhando tempo para barrar novas crises como a que acometeu o globo em setembro de 2008, gerada a partir da falta da controle do setor nos EUA.
Com o aumento do rigor sobre o sistema, os bancos americanos terão de aumentar a capitalização, o que elevará seus custos, ou seja, o juro que cobrarão para emprestar. O Brasil, no entanto, está praticamente livre da dependência de financiamento externo, hoje restrito especialmente a operações de comércio exterior. Atualmente, o Brasil se financia mais com investimentos diretos, por meio do lançamento de ações nas bolsas de valores e de títulos no mercado internacional.
* publicado no Jornal Santa de Catarina