Previsão de 100 mil novos empregos neste mês não é “só palpite”, diz Lupi
Brasília – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou ontem (19) que os efeitos da crise financeira internacional no mercado de trabalho brasileiro entraram em fase declinante, com o saldo de 9.179 novos empregos verificado em fevereiro, depois de três meses seguidos de desemprego.
“Neste mês [março], teremos geração de empregos acima de 100 mil vagas”, estimou o ministro. Segundo ele, não se trata só de palpite e desejo: “É também a avaliação do comportamento de todos os setores das 27 áreas de produção no Brasil, com base nas informações que tenho.” O ministro ressaltou ainda a convicção de que “março começa a ser a retomada da geração de empregos no país”.
Lupi fez as previsões depois de participar da primeira reunião do Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) neste ano. Na reunião, foi discutida a possível elevação do uso de recursos do FGTS para os setores de habitação, saneamento e infra-estrutura, cujo montante para este ano foi fixado em R$ 27,4 bilhões.
O ministro afirmou, no entanto, que não tinha nada a anunciar da reunião do Conselho Curador do FGTS, que é formado por oito representantes do governo federal, quatro membros de entidades patronais e quatro representantes dos trabalhadores. “Tratou-se apenas de coisas do dia-a-dia”, disse ele.
O Palácio do Planalto antecipou, porém, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará na próxima quarta-feira (25) um pacote habitacional, com o objetivo de aumentar o acesso das classes sociais menos favorecidas à casa própria. Embora o ministro não tenha anunciado decisões sobre isso, é do FGTS que sai a maior parte dos financiamentos habitacionais.
O ministro Lupi afirmou, ainda, que o Ministério do Trabalho está na fase final do levantamento, por estado e região, dos setores produtivos que mais desempregaram nos últimos meses, em decorrência dos efeitos da crise financeira na economia real do país.
Tão logo a estatística seja concluída, Lupi disse que anunciará quais desempregados, e de quais setores, serão beneficiados com o aumento de duas parcelas do seguro-desemprego. As parcelas mensais variam hoje de três a cinco, dependendo do setor, e vão variar de cinco a sete.
Fonte: Agência Brasil