PIB acelera apesar dos esforços
A economia brasileira acelerou o ritmo nos primeiros três meses do ano, encerrados na semana passada, apesar dos esforços do governo para controlar a inflação. O mercado de trabalho aquecido, a forte demanda das famílias e a recuperação da indústria garantiram o vigor dos negócios.
Economistas consultados em sete dos maiores bancos e consultorias do País projetam alta de 0,7% a 1,2% do produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2011 em relação ao quarto trimestre de 2010, descontados os efeitos sazonais. Essas previsões representam aceleração ou, pelo menos, manutenção do crescimento. Os analistas não acreditam na desaceleração da economia brasileira neste início de ano, mas avaliam que ocorrerá uma acomodação no segundo semestre graças às medidas do Banco Central.
O economista da consultoria Tendências, Rafael Basioti, diz que os indicadores antecedentes do ritmo da demanda tiveram um comportamento forte. Só em fevereiro, foram criadas 280,8 mil novas vagas no País, recorde para o período. Em Joinville, no mês passado, foram gerados 1,9 mil postos de trabalho. Com emprego garantido, a população não deixou de ir às compras, apesar das medidas do BC para encarecer o crédito. “O primeiro trimestre foi muito parecido com o final de 2010. Ou seja, foi muito bom”, diz Domingos Alves, supervisor- geral da varejista Lojas Cem. Ele diz que o impacto das medidas do BC não será imediato para o varejo e ressalta que rede Cem financia os clientes com dinheiro próprio. Segundo Alves, a inadimplência dos clientes segue baixa.
As vendas do setor automotivo continuam robustas, mesmo com os prazos para pagamento de empréstimos menores e juros maiores. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram licenciados 288,7 mil veículos em março, acima dos 258,8 mil de fevereiro. A média por dia útil subiu de 12,9 mil em fevereiro para 13,7 mil no mês de março.
* A Notícia