Para Maia, empresários devem pagar a conta da reforma tributária
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que a reforma tributária que ele e o Congresso querem emplacar deve mexer no bolso dos empresários aos moldes de como a reforma da Previdência impôs dificuldades aos contribuintes do INSS.
“Às vezes a elite também erra. Temos que ter a coragem de falar a verdade. Na reforma da Previdência, a sociedade pagou mais a conta do que os empresários”, disse Maia durante o evento, promovido pelo banco BTG Pactual em São Paulo, nesta terça-feira 18.
Em seguida, opinou que, com a reforma tributária, “todos irão ganhar porque o Brasil vai crescer”, mas destacou, de forma cuidadosa, que os empresários devem buscar dialogar e entender que “a parte da contribuição dos empresários deve existir da mesma forma que o brasileiro do Regime Geral do INSS também colaborou com a reforma da Previdência”.
O trecho do discurso do parlamentar foi publicado nas redes sociais do banco.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje na semana passada que o governo enviaria ao Congresso Nacional uma proposta “acoplável” para a reforma tributária pensada no Congresso, que já está em análise. Entre as mudanças propostas, o ministro disse que o governo vai enviar uma proposta de criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com unificação de tributos sobre consumo.
Partidos de esquerda criticam a omissão das propostas de reformas quanto às distorções provocadas pela concentração da arrecadação nos impostos e tributos sobre a renda e o consumo dos mais pobres e da classe média.
O presidente da Câmara também comentou sobre uma mudança de caminho para a privatização de empresas – que não aprece estar de acordo com as expectativas iniciais dos setores econômicos.
“A maior empresa que o governo quer privatizar é a Eletrobras. Não tem grandes privatizações. Quando as pessoas estão na oposição, tem que privatizar a Caixa, o Banco do Brasil, a Petrobras. Quando o cara é nomeado na cadeira, aí muda. Aí a função social dos bancos é enorme, a sua importância, a sua relevância… mudou um pouquinho a agenda em relação às privatizações.”, comentou, em tom de crítica.
Fonte: Carta Capital