Operação Lava Jato terá verba de R$1,65 milhão para atuar em 2018
O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), órgão máximo administrativo da Procuradoria-Geral da República, decidiu ontem, dia 25, aprovar o orçamento da instituição para o próximo ano com uma elevação substancial de recursos previstos para a força-tarefa de procuradores que atuam na operação Lava Jato em Curitiba.
Para 2017, a verba prevista para a Lava Jato de Curitiba era de R$ 501 mil. Posteriormente, entretanto, houve a aprovação de um crédito extra de R$ 500 mil –superando, dessa forma, R$ 1 milhão.
Ainda ontem, os conselheiros do MPF aprovaram um reajuste para o próximo ano para R$ 1,65 milhão. Esse valor servirá para o pagamento de passagens aéreas e diárias de integrantes da força-tarefa.
A votação do aumento de recursos para o ano que vem se deu de forma unânime e contou com o apoio do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e da próxima chefe do MPF, Raquel Dodge, que assume o órgão a partir do dia 18 de setembro.
Janot disse que “não abre mão” dessa verba extra para a Lava Jato e destacou que a iniciativa passa um “sinal político” da importância dessas investigações no MPF.
Raquel Dodge foi na mesma linha e frisou que o incremento da verba passa uma “mensagem clara” que não se faz qualquer redução orçamentária e acolhe o que foi requerido pela força-tarefa.
O colegiado também aprovou a inclusão no orçamento de 2018 de um reajuste de 16% no subsídio recebido pelos procuradores da República. Esse aumento, se entrar em vigor, ocorrerá às custas de outras rubricas orçamentárias.
Na sessão, Janot e Raquel concordaram em formar uma comissão composta por representantes de cada um dos lados a fim de fazer uma transição. Embora tido como opositores dentro da PGR, a sessão desta terça foi marcada por elogios e promessas de apoio mútuo dos dois.