Nova rodada de repatriação frustra expectativa e fica em torno de R$1,8 bi
A segunda rodada do programa de regularização de ativos no exterior, mais conhecido como repatriação, gerou receitas de cerca de R$ 1,8 bilhão, abaixo das estimativas do governo, informou uma fonte do ministério da Fazenda.
O governo, que vem enfrentando problemas para fechar as contas públicas, esperava arrecadar R$ 2,85 bilhões. Cerca de metade do valor ainda precisará ser repartido com Estados e municípios, seguindo determinações legais.
Falando em condição de anonimato, a fonte argumentou que a primeira etapa do programa, realizada no ano passado, teve resultado mais forte, de R$ 46,8 bilhões, o que pode ter contribuído para os números modestos desta vez.
No último relatório bimestral de receitas e despesas, o governo já havia diminuído em R$ 9,85 bilhões sua expectativa de arrecadação bruta com a repatriação neste ano.
O resultado final veio ainda pior, ressaltando as dificuldades para o cumprimento da meta de déficit primário de R$ 139 bilhões neste ano, em meio à frustração com a arrecadação e forte dependência de receitas extraordinárias.
Em balanço divulgado na quarta-feira, 2, a Receita Federal informou que o número de participantes do programa também veio abaixo do esperado. No total, foram 1.935 adesões, sem revelar o montante efetivamente arrecadado com a iniciativa.
A expectativa da Receita era de que o programa contasse com 2,5 mil a três mil declarações.
Em nota, a Receita se limitou a dizer que divulgará os valores arrecadados até esta quinta-feira, 3, “assim que receber informações conclusivas da rede bancária”.