Mulheres representam 45% dos empreendedores individuais do Brasil
Deixando de lado qualquer discussão de gênero, é um fato que as mulheres são sempre vistas como pessoas capazes de cumprir, e com muita eficiência, duplas ou até triplas jornadas de trabalho. Afinal, tem o trabalho, a casa, os filhos e, muitas vezes, os estudos.
Um caminho cada vez mais comum adotado por elas para dar conta de tudo isso sem depender de “milagres” tem sido o do empreendedorismo, que permite uma significativa flexibilidade de horários.
Com a criação da figura do Microempreendedor Individual (MEI) em 2008, por meio da Lei Complementar nº 128/2008, mais e mais mulheres puderam realizar o sonho de regularizar o próprio negócio. Atualmente, elas já representam mais de 45% dos empreendedores individuais do Brasil, de acordo com pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), divulgada neste ano.
Assim, muitas mulheres que já tocavam negócios por conta própria estão gradativamente podendo sair da informalidade. Afinal de contas, ao aderir à lei, elas passam a ter benefícios como o próprio CNPJ, emissão de nota fiscal, mais facilidade para a abertura de conta bancária e linhas de créditos.
Também conta nessa hora a cobertura previdenciária garantida pela lei, como auxílio-maternidade, auxílio-doença e aposentadoria. É um terreno perfeito para empreendedoras com uma idade média de 32 anos, já preocupadas em construir bases mais sólidas para o futuro.
Atuando principalmente nos setores de beleza, alimentação (lanchonetes principalmente) e de confecções, as mulheres representam a grande maioria de profissionais atuantes nessas áreas, como pode ser visto no gráfico abaixo. Elas ocupam, por exemplo, 75% do setor de venda de roupas e 77% de negócios como cabeleireiros.
G1