Micro e pequenos empreendedores de software querem mais facilidades
Falta de regras claras e incentivos diretos ao fomento das micro e pequenas empresas de tecnologia têm sido o assunto discutido pela Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes Software). Apesar do anúncio do governo de programas para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento no ramo de TI, a entidade aponta que existem freios nas leis em vigor, que podem impor menos oportunidades de negócios, principalmente entre micro e pequenos empreendedores.
O diretor jurídico da associação, Manoel dos Santos, afirmou que a filosofia governamental de compra preferencial de softwares livres, de código aberto, é inconsistente. A associação defende a compra de códigos proprietários – produzidos em larga escala pelos empresários associados – desde que atenda requisitos como preço, custo-beneficio, suporte e customização dos sistemas.
Santos alegou ainda que a antiga proibição de empresas que prestam suporte técnico a softwares, de aderir ao Simples, por exercer “atividade intelectual”, caiu com a lei complementar do Simples Nacional. Esta entrou em vigor no dia 7 deste mês e desonera a carga de impostos destas empresas, que se enquadram na lei fomentada pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
Fora do escopo legal e debatendo inovação, o fundador da empresa Dualtec, Lauro de Lauro, indicou que o avanço de softwares criados para funcionar na nuvem pode expandir o setor, apesar de participação de apenas 2% desse tipo de programa, ainda baixa no mercado se comparado à opções que são fabricados para funcionar em máquinas físicas.
“As empresas demandam máquinas [computadores] em determinados momentos de seu funcionamento. Se é um dia, ou uma semana de fechamento de folha, ou de pagamentos a fornecedores, as empresas podem precisar de 10, 20, 40 máquinas que depois desse momento não serão mais necessárias”, afirma. Ele indica ainda, a transformação dos programas de computação de produto, para serviço, através dos recursos proporcionados pela nuvem. “Com softwares nativos na nuvem, os empresários podem alugar esses sistemas e você não precisa de uma máquina física pra isso. Deixa de existir o software em CD e passa a existir on-line.”
DCI SP