Indicador apurado pela FGV mostra nível de desemprego baixo
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1,9% no mês de outubro, para 65,2 pontos, na comparação com o mês anterior, considerando os dados ajustados sazonalmente. “O resultado sinaliza a manutenção dos níveis historicamente baixos da taxa de desemprego observados nos últimos meses”, destacou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. (Ibre/FGV), em nota. “Considerando-se médias móveis trimestrais, o indicador ratifica a tendência favorável para o início do quarto trimestre de 2013”, acrescentou.
A fundação destacou que as classes que mais contribuíram para o recuo do ICD em outubro foram a dos consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) apresentou variação negativa de 3%; e a dos que possuem renda familiar acima de R$ 9.600,00, com variação também negativa de 2,7%. Os resultados significam melhora na percepção em relação ao mercado de trabalho na situação atual.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) registrou avanço de 1,2% em outubro ante setembro, segundo dados com ajuste sazonal. “O resultado sinaliza suave aceleração das contratações de mão de obra no quarto trimestre de 2013”, segundo a FGV. “O avanço do IAEmp reverte a tendência declinante que o indicador vinha apresentando nos seis últimos meses”, completou.
Para chegar a esse resultado, os componentes do IAEmp que mais influenciaram foram o indicador que mensura o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios (apurado na Sondagem de Serviços), com avanço de 5%, e o indicador que mostra o ânimo empresarial para contratação nos próximos meses (apurado na Sondagem da Indústria), com alta de 3,7%.
O mercado de trabalho continua aquecido e, apesar das oscilações mês a mês, apresenta estabilidade na análise de longo prazo, disse o economista do Ibre, Fernando de Holanda Barbosa Filho. “Há menor geração de vagas, mas a taxa de desemprego continua baixa”, afirmou.
A inclusão de um número cada vez menor de pessoas no mercado de trabalho (em função do resultado demográfico do Brasil nos últimos tempos) tem contribuído para a manutenção de níveis baixos de desemprego, uma vez que exige um ritmo de geração de vagas menos intenso, analisou Barbosa Filho. Em 2013, a taxa de desocupação deve ser semelhante à do ano passado, de 5,5%
Nos próximos meses, ele observa que o desemprego pode reduzir além dos atuais 5,4%, taxa apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para setembro. As razões seriam efeitos sazonais.
DCI