Ideli teme desindustrialização de SC
A candidata a governadora de Santa Catarina Ideli Salvatti critica o programa de benefício fiscal criado pelo governo estadual para atrair mais importações de produtos com vantagens tributárias, que entram no Brasil pelos portos catarinenses. “A médio e longo prazos, isto vai provocar a desindustrialização da nossa economia. A pergunta natural é: por que os empresários vão se interessar em fabricar aqui se competir com produtos que entram com benefícios fiscais fica praticamente inviável?” O questionamento faz sentido. Com certeza, à medida em que nos acostumarmos em favorecer alguns segmentos no curto prazo, o efeito negativo adiante – e para todos – será inevitável. Este foi um dos temas abordados ontem no debates “A Notícia”.
Ideli ainda se comprometeu a isentar os produtos da cesta básica de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. A ideia é popular porque pode reduzir os preços das mercadorias para o consumidor. Neste caso, impactos sociais serão maiores para o pessoal de baixa renda. O ponto central é que zerar a alíquota implica obter acordo entre todos os Estados, no âmbito do Conselho de Política Fazendária (Confaz). Improvável conseguir. A senadora sabe disso. Ela também aposta em diminuição de imposto sobre material de construção. Cobrada sobre como vai gerir o Estado com tanta renúncia fiscal, defendeu a busca de recursos federais via convênios. Alega haver recursos em Brasília e que não são usados.
No encontro com jornalistas e lideranças de Joinville, recebeu elogios do presidente da Associação de Comerciantes de Materiais de Construção, Rudi Soares, e do diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Joinville, Luiz Kunde, por atuar na defesa de interesses das categorias.
* da coluna Livre Mercado, Claudio Loetz, jornal A Notícia