Greve dos bancos chega ao fim na maior parte de Santa Catarina
Nove das 10 assembleias desta segunda-feira aprovaram a proposta da Febraban.
Chega ao fim a greve dos bancários na maior parte de Santa Catarina. A proposta da Fenaban, que vale para os bancos privados e serve como base de negociação para o Banco do Brasil e Caixa Econômica, estabeleceu reajuste de 9% sobre os salários e de 12% sobre o piso da categoria, válido a partir de 1º de setembro.
Os bancários conseguiram, também, aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e passam a receber da instituição em que trabalham até 2,2 salários por ano. Este é o oitavo ano consecutivo de aumento acima da inflação para a categoria.
— Na minha análise, os 9% ainda são insuficientes, mas a valorização do piso salarial é condizente com as nossas reivindicações. Em todo o caso, já estávamos entrando no 20º dia de greve e ficaria complicado continuar com a paralisação. Chegamos, com a Fenaban, a uma proposta apresentável aos trabalhadores — afirma João Barbosa, presidente da Federação dos Estabelecimentos Bancários do Estado (FEEB-SC).
A greve, que nesta segunda-feira completou 21 dias, chegou a paralisar 9.254 das 20 mil agências de bancos públicos e privados do país, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que coordena o Comando Nacional dos Bancários. Esta foi a greve geral mais longa da categoria em sete anos, segundo o sindicato. Em 2004, os bancários pararam por 30 dias.
Nesta segunda-feira, assembleias de São Paulo, Rio, Brasília e Curitiba também acataram a proposta.
Em Florianópolis, com aproximadamente 500 bancários, a assembleia acatou à proposta da Febraban e do Banco do Brasil, mas não a da Caixa. Os funcionários do banco esperam um avanço na proposta, que inclui a manutenção da PLR Social, valorização do piso e ampliação do quadro em 5 mil funcionários até final de 2012, e fazem nova assembleia hoje às 9h.
O sindicato considerou a proposta da Caixa insuficiente, por não apresentar avanços em relação à isonomia (igualdade de salários para todos os funcionários) e porque o aumento do piso não é refletido em toda a carreira, segundo os trabalhadores.
Em Joinville, das cinco agências que aderiram à greve dos bancos, três permanecem com o atendimento prejudicado por causa da paralisação, todas da Caixa Econômica. O futuro da greve em Joinville será definido nesta terça-feira, em uma assembleia do Sindicato dos Bancários de Joinville e Região, a partir das 10h. Funcionários das unidades da Caixa dos bairros Iririu, Centro e Boehmerwald vão votar se continuam ou não com os braços cruzados.
* Diário Catarinense