Greve dos bancários está perto do fim
A greve dos bancários pode estar prestes a terminar em todo o país. O Comando Nacional dos Bancários decidiu orientar os trabalhadores a aceitar proposta de reajuste de 8,5% nos salários e de 9% no piso da categoria, feita pelos bancos na sexta-feira. De acordo com comunicado divulgado ontem pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a proposta será analisada amanhã em assembleias regionais. Eliana Brasil, presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, acredita que as negociações avançaram muito. Ela afirma que a orientação será repassada aos funcionários dos bancos. “Mas a assembleia é soberana e o término da greve dependerá do resultado dela”, explica.
Na capital mineira, os bancários das instituições públicas e privadas vão se reunir às 19h, em segunda chamada, em três locais diferentes.
Caso a orientação do Comando Nacional dos Bancários seja seguida, os funcionários devem retornar ao trabalho na terça-feira, segundo Eliana Brasil. Até sexta-feira, quarto dia da greve nacional, as atividades foram paralisadas em 10.355 agências e centros administrativos de todo o Brasil. Na Grande BH, funcionários de mais de 233 agências aderiram ao movimento.
Os bancários reivindicavam reajuste de 12,5% cento (aumento real de 5,8%) nos salários. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu, primeiramente, alta de 7,35%, recusada pela categoria. Mas na sexta-feira aumentou a proposta de índice de reajuste para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários. Para o piso, o índice oferecido pelos patrões passou de 8% para 9% (2,49% acima da inflação). No vale-refeição, a alta proposta passou para 12,2%.
EM