25/08/2009
Governo faz primeira proposta concreta para corrigir benefícios
O governo propôs que as aposentadorias do INSS acima de um salário mínimo sejam reajustadas, no ano que vem, pela variação do Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 50% do Produto Interno Bruto (PIB) apurado há dois anos. É a primeira vez que o governo faz uma proposta concreta, “com grandes chances de ser aceita”, segundo Warley Martins, presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap).
Martins participou de mais uma rodada de negociação na sede provisória do governo federal, onde por mais cinco horas a questão do reajuste real para os aposentados em 2010 foi discutida. O presidente da Cobap informou que pediu tempo para consulta às bases, de forma que nova reunião foi marcada para amanhã, ao fim da tarde.
Segundo Martins, até agora o governo federal não tinha apresentado nenhuma proposta de reajuste. Do lado dos aposentados, a ideia era seguir a proposta do senador Paulo Paim (PT-RS), de pedir a mesma correção do salário mínimo para as aposentadorias com valor superior.
A proposta do governo é parecida com a regra de reajuste do mínimo: correção pela inflação medida pelo INPC, mais a variação real integral do PIB de dois anos antes.
A proposta de hoje foi apresentada pelo ministro Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência da República, segundo Martins. Participaram ainda da reunião o ministro da Previdência Social, José Pimentel; o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS); o deputado Pepe Vargas (PT-RS) e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, entre outros.
Se aceitarem a proposta, o aposentados se comprometerão a desistir de lutar por três projetos que tramitam no Congresso, entre eles o que acaba com o fator previdenciário. Vargas, que é relator do projeto que acaba com o fator, disse que as entidades dos aposentados querem que o governo garanta que o reajuste real seja aplicado também em 2011 para as aposentadorias superiores a um salário mínimo, além da criação de uma comissão permanente para garantir a recomposição de perdas dos benefícios.
Fonte: Valor Online
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