Fiesp e Fecomercio-SP criticam volta da CPMF
As federações que representam o comércio e a indústria de São Paulo criticaram, na semana passada, a possibilidade de recriação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Por meio de nota à imprensa, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse ser contrário à criação de qualquer imposto. “A sociedade brasileira não aceita elevação da carga tributária. Ao contrário, quer a sua redução e o constante aumento de qualidade nos serviços públicos”.
Skaf espera que o novo governo possa promover a reforma tributária “com simplificação e transparência nos sistemas” e que “menos impostos significam menos informalidade, menos sonegação, mais competitividade, mais crescimento e, com isso, a geração de empregos e renda para a população”.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman, a proposta de retomada da CPMF é inaceitável. “É extremamente complicado falar sobre aumento de impostos no Brasil quando nós temos uma carga tributária extremamente elevada, que penaliza todo o sistema comercial e empresarial brasileiro”, criticou Szajman. Ele também defendeu a necessidade de se promover a reforma tributária no país.
A CPMF começou a vigorar no Brasil em 1997 para subsidiar o sistema público de saúde . Em 2007, a proposta de prorrogação da contribuição foi rejeitada pelo Congresso Nacional e o tributo deixou de ser cobrado. A última alíquota da CPMF foi de 0,38%.
* Agência Brasil