Fenacon defende maior desoneração de folha de pagamento do setor terciário
A desoneração da folha de pagamento para mais 25 setores da economia, anunciada nesta quinta-feira (13) pelo Ministério da Fazenda, foi elogiada pelo presidente pela Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), Valdir Pietrobon. O presidente defende, no entanto, que a medida seja estendida para todos os setores da economia, especialmente o de serviços, que representa cerca de 70% do PIB e da mão de obra empregada no país.
Com a medida anunciada pelo governo, 20 setores da indústria, 2 de serviços e 3 na área de transportes deixarão de recolher 20% sobre suas folhas com encargos e passarão a recolher entre 1% e 2% de seu faturamento bruto. “Já é um avanço, no entanto, defendemos que a medida seja estendida a todos os setores, principalmente o de serviços, já que essas empresas estão hoje na base da economia brasileira”, avalia Pietrobon, lembrando que hoje o Brasil vive uma economia pós-industrial.
Para Pietrobon, com um cenário econômico global marcado cada vez mais pela competitividade, a redução de custos das empresas é um diferencial para o país continuar competitivo no mercado internacional. “Nas crises mundiais recentes, envolvendo as principais economias, foi o setor terciário que manteve a economia nacional em alta. Uma medida interessante seria deixar os empresários livres para optarem – ou pela contribuição de 20% sobre a folha de pagamento ou por uma taxa fixa sobre o faturamento”, afirma.
Além disso, para o presidente da Fenacon, a desoneração da folha de pagamento para o setor terciário geraria um salto grande para a geração de empregos formais “Estamos vivendo um momento de plena empregabilidade, e daqui para frente o diferencial brasileiro será na produtividade. A desoneração da folha de pagamento pode ser o grande incentivador da capacitação de mão de obra”, avalia Pietrobon.
* Fenacon