Famílias pagam 56% da despesa de saúde
Pesquisa mostra que governo responde por menos custos que a rede particular.
Embora o governo garanta ter aumentado os gastos com bens e serviços de saúde entre 2007 e 2009, as famílias continuaram contabilizando despesas mais elevadas no setor. Entre os dois anos, as famílias brasileiras responderam, em média, por mais da metade (56,3%) destes gastos, o que representou cerca de 4,8% do produto interno bruto (PIB) em todo o período, enquanto gastos da administração pública aumentaram sua participação no PIB de 3,5% para 3,8%.
Os dados fazem parte da pesquisa Conta Satélite de Saúde, divulgada ontem pelo IBGE. O levantamento traz informações sobre a produção, o consumo e o comércio exterior de bens e serviços relacionados à saúde, além de dados relacionados ao trabalho e à renda nas atividades que geram esses produtos.
Segundo o estudo, as famílias gastaram, em 2009, R$ 157,1 bilhões em bens e serviços de saúde, enquanto a administração pública desembolsou R$ 123,6 bilhões. Já as instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias gastaram R$ 2,9 bilhões (0,1% do PIB). O consumo de bens e serviços de saúde em 2009 representou 8,8% do PIB do País, somando R$ 283,6 bilhões.
Em 2009, as principais despesas de consumo final das famílias foram com consultas médicas e odontológicas, exames laboratoriais (36,3%) e com medicamentos para uso humano (35,8%).
* A Notícia