Estratégias para reter clientes na contabilidade
O Sescon Grande Florianópolis promove na próxima terça-feira, dia 22, o curso “Estratégias para retenção de clientes nos escritórios contábeis”. O foco principal do encontro será transmitir aos participantes as noções e práticas fundamentais para aumento da fidelização dos clientes em um amplo panorama conceitual: Administração, Marketing, Atendimento, Serviços e Recursos Humanos, de modo a permitir configurar um novo Modelo de Ação Organizacional. Empresários contábeis, empresários em geral, contadores, gerentes, analistas e demais interessados estão convidados. As inscrições são limitadas.
Estará à frente na palestra o professor Luís Sérgio Lico – Doutorando em Filosofia pela USP. Mestre em Ética e Filosofia pela Universidade São Judas Tadeu. Conselheiro Organizacional. Coordenador de Educação Corporativa da UNISESCON, Universidade do Sindicato das Empresas de Contabilidade, Auditoria e Perícias do Estado de São Paulo. Palestrante.
O encontro terá duração de oito horas e acontecerá no auditório do Sescon Grande Florianópolis. Para associados da entidade o investimento será de apenas R$120,00. Informações e inscrições através do telefone: (48) 3222-1409 ou ou pelo e-mail: [email protected], com Rozilda.
O professor Lico nos enviou um artigo para já antecipar o assunto que tratará dia 22. Confira abaixo o texto, onde ele destaca a importância dos profissionais contábeis não ficarem apenas focados nas “atividades contábeis”.
Novas Estratégias para Empresas Contábeis
Costuma-se dizer, que o cenário de atuação das empresas tornou-se menos ordenado e previsível, face aos processos globais dos negócios e das turbulências nos sistemas econômicos e políticos mundiais. Além disso, novos modelos competitivos, bruscas mudanças legais, conjunturais e a sofisticação das demandas dos clientes têm sido desafios constantes às tradicionais estratégias empresariais. Resultando que a maioria destas já não é mais capaz de oferecer uma resposta eficaz à gestão, incluindo aí a gestão de pessoas, empresas e carteiras. Esta análise, nem tão original assim, envolve também o segmento contábil, que como todas as categorias de serviços, suas empresas necessitam adaptar-se.
Trocando em miúdos: Não mais é possível ficar contando apenas com a “atividade contábil”. É perigoso fiar-se apenas na competência em fazer lançamentos, classificações e conciliações, uma vez que a revolução tecnológica oferece hoje facilidades e enormes desafios ao empreendedor. Facilidades, pois o processamento das obrigações principais e acessórias foi extremamente automatizado. Dificuldades, pois uma das leis ocultas da informática nos diz que todo serviço operacional, vira commodity, portanto, perde valor agregado. Daí o perigo: visto pelos olhos do cliente, o escritório contábil passa a ser um bureau de processamento, um fornecedor qualquer, o que torna difícil a percepção do alto valor dos serviços prestados pelo segmento. Para o cliente pequeno e médio, a pergunta é: – Mas, o computador não faz tudo? Para as grandes empresas, a questão é outra: – Como melhorar o plano tributário e desenvolver indicadores e controles efetivos?
Isto torna obrigatório ao “escritório de contabilidade”, transformar-se urgentemente em empresa contábil, oferecendo soluções completas e customizadas. Contudo, a atividade do segmento ainda é essencialmente familiar e sofre com a resistência de seus gestores e colaboradores, para se adequar às mudanças, com a presteza necessária. Prova disto é que os sinais mais relevantes para as empresas são justamente os mais difíceis de serem detectados, por estarem fora das expectativas dos gestores. A imersão nas atividades, rotinas e prazos, têm privado o empreendedor de entender as situações distintas do esperado em seus estágios iniciais, minando sua capacidade de efetuar a correção de rumos e ações pontuais preventivas e corretivas.
No Brasil, com o advento da Lei 11.638, chega-se a um patamar histórico de maturidade para o setor, que a partir de 2011, ingressa a pleno vapor neste novo panorama. Mas, o percurso não está mapeado e a habilidade dos empreendedores será testada, em suas ações internas na organização contábil, e externas, em relação a um novo perfil de clientes, cujas exigências crescem a cada dia. Entre elas, temos a gestão de processos como o Sistema de Controle de Qualidade (SCQ), o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), os sistemas de informações ERP, o Marketing de Relacionamento e seus sistemas CRM (Customer Relationship Management); além de políticas definidas para investimentos em prospecção de oportunidades.
Com essas estratégias busca-se, por meio de mecanismos e ferramentas específicas, oferecer ao gestor informações muito amplas, que vão além das fronteiras da organização, com o intuito de fornecer condições para que sejam detectadas as situações que são ou podem vir a ser relevantes para o negócio. Um diferencial que deve ser aqui apontado é a força do sistema SESCON, que possibilita imprimir grande dinamismo e motivação aos empreendedores, através de ações responsáveis, sejam técnicas, educativas ou cidadãs. Uma categoria unida em torno de sua entidade representativa possui melhores condições de adaptar-se e progredir. E esta é a fórmula para esta década: – Estar preparado para enfrentar desafios.
Luís Sérgio Lico