Entrevista com Dalvair Anghében, presidente do Sindicont Chapecó
“Atualização continua é a regra do mercado”.
Desde 2009, o Sindicato dos Contabilistas de Chapecó (Sindicont) foi liderado pelo contador Dalvair Anghében, que encerra o mandato neste ano (2012). Com objetivos definidos e a intenção de dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelas gestões anteriores, a equipe coordenada por ele trabalhou com foco no crescimento da entidade, especialmente na qualificação profissional.
Anghében é contador e sócio proprietário da empresa Escrita Contabilidade & Assessoria S/S Ltda, de Chapecó. Já atuou como Conselheiro do CRC e presidente do Conservatório de Artes Musicais – entidade na qual hoje é vice-presidente, além de outros serviços prestados à comunidade. É casado com Silvia Iara Batista Canto Anghében e pai de Mayara e Milena.
Nesta entrevista, Anghében avalia a gestão e fala sobre o atual cenário contábil.
O Sr. encerra neste ano o mandato como presidente do Sindicont. Que avaliação faz desse período (2009- 2012) que esteve a frente da entidade?
Eu sabia que o desafio seria muito grande, mas ao mesmo tempo tinha muita confiança nos colegas que integraram a diretoria comigo, procuramos dar continuidade dos trabalhos que estavam sendo muito bem feitos pela diretoria anterior.
Quais foram as principais conquistas do Sindicont durante a sua gestão?
Dar continuidade aos projetos já existentes, organizar a Convenção dos Contabilistas (CONTESC) e a realização da primeira edição do ENECCONT, sem dúvida marcaram a gestão e demonstraram capacidade, competência e maturidade de todos os envolvidos com a entidade. Passamos a acreditar mais em nós mesmos e entender que somos capazes de promover grandes eventos da área contábil na região oeste.
Um dos focos da entidade é a qualificação dos profissionais? O que foi feito para isso durante sua gestão? Quantos cursos foram oferecidos e quantos profissionais capacitados?
Neste quesito fomos destaque no Estado. Isso se deve ao grande trabalho desenvolvido pelo colega Alcindo Lopes e equipe de colaborares do Sindicont. Para termos uma ideia, os números mostram que mais de 4 mil pessoas participaram das atividades promovidas pelo Sindicont no período de 2009 a 2012. De julho a dezembro de 2009, 609 pessoas que frequentaram os cursos, em 2010 foram 1.012 participantes, em 2011 foram 1.493 e em 2012 devemos fechar em torno de 1.400 pessoas. Porém, o grande destaque foi a inserção dos cursos nas cidades de São Lourenço do Oeste e, agora mais recentemente, a cidade de Maravilha, além de Chapecó e Pinhalzinho.
Alguma área mereceu mais atenção em função das demandas tributárias, empresariais e sociais?
Sem dúvida, passamos por grandes mudanças e o destaque ficou por conta do SPED e IFRS. Por isso, os cursos dessa área atenderam a expectativa de desenvolver nos participantes uma visão estratégica sobre a contabilidade como uma ferramenta de gestão, habilitaram os profissionais para um processo de liderança e aumentaram a capacidade de atingir resultados num contexto de alta competitividade, fazendo com que eles passem a atuar como agentes de mudanças.
O Sindicont também está inserido em questões de cunho social. Quais o Sr. destaca e por quê?
Sim, a nossa entidade sempre teve a visão de retribuir à sociedade tudo aquilo que ela tem nos proporcionado. Destaco a campanha de doação de sangue que mobilizou os contadores, campanha do agasalho, as orientações sobre a declaração do Imposto de Renda (Declare Certo). Tudo isso demonstra o comprometimento da classe com as questões sociais.
A classe contábil tem crescido bastante nos últimos anos e o profissional está cada vez mais valorizado. A que o Sr. atribuí essa mudança?
Com certeza a valorização veio através das exigências, cada vez maiores, de controles emanados do fisco em todas as suas esferas, além da nova realidade empresarial brasileira, estabilidade econômica e outros fatores que fizeram com que o profissional da área contábil saia em busca de conhecimento e atualização contínua. Essa é a regra do mercado de trabalho: quem estiver preparado vai colher bons frutos.
* por Marcos Bedin, jornalista do Sindicont Chapecó