O empresário Bruno Bernardo teve de readaptar os seus dois negócios em São Paulo. Ele é sócio de um bar e de um escritório que desenvolve conteúdo – e os dois negócios tiveram as atividades interrompidas.
Sem poder abrir, o bar passou a oferecer serviço de delivery uma vez por semana. Já o escritório criou um curso online e passou a permitir aluguel de obras de arte.
Delivery e financiamento coletivo
Com todos os eventos cancelados desde 15 de março, o buffet Manja Gastronomia, na Zona Oeste de São Paulo, implementou um sistema próprio de entregas de refeições. Mas o sócio-fundador do buffet, Pedro Roxo, diz que o faturamento da nova operação “não chega nem perto” das receitas de antes da pandemia.
A única funcionária CLT da empresa foi mantida – mas o buffet recorre a um financiamento coletivo para colocar de pé um projeto de aulas online de culinária.
Demissões e dificuldade de crédito
A loja de móveis Breton não abre os seus pontos de venda e opera com a capacidade do parque fabril com reduzida desde o fim de março, quando a quarentena foi adotada em São Paulo. Com isso, as vendas caíram 70%. Desde o início da crise companhia cortou 12% do quadro dos funcionários e aplicou a redução de jornada e salário para os trabalhadores.
À frente da empresa, Andre Rivkind conta que tem tido dificuldades para conseguir crédito – mas que, apesar das dificuldades, a empresa vai sobreviver.
Redução de gastos com pessoal e contas atrasadas
Dona de uma rede de lavanderias na Zona Sul do Rio, Cláudia Mendes tinha perspectivas de crescimento no negócio. Mas, passados quase cinco meses, ela diz que “a palavra de ordem agora é sobreviver”.
Depois de demitir uma funcionária, suspendeu o contrato de outros 18 e reduziu a jornada de 12. Além do remanejamento de pessoal, Cláudia suspendeu o pagamento das contas de água, luz e gás. E mesmo sem caixa, precisou investir no delivery para garantir algum faturamento.
Fonte: G1