20/05/2009
Empresas perdem R$ 150 milhões com fraudes; saiba como prevenir
Montante, segundo a Serasa Experian, é cerca de 25% a mais do que os R$ 119,6 milhões de 2007
SÃO PAULO – As perdas das empresas com fraudes financeiras somaram R$ 150 milhões no ano passado, cerca de 25% a mais do que os R$ 119,6 milhões em 2007. As informações foram divulgadas na última segunda-feira (18) pela Serasa Experian.
De acordo com técnicos da instituição, com a ampliação na oferta de crédito e a retração das exportações devido à crise mundial, alguns empresários concentram esforços na conquista de clientes e, muitas vezes, descuidam-se do processo de seleção dos melhores parceiros e atenuam o rigor na concessão de crédito.
“Isso favorece a atividade dos fraudadores, os quais formam verdadeiras quadrilhas especializadas e constituem empresas de fachada ou reativam empresas antigas e assediam agressivamente suas vítimas”, explicaram.
Nesse mesmo período, as ferramentas de prevenção de fraudes da Serasa Experian detectaram um número 29% maior de tentativas de fraude, evitando que cerca de 20 mil clientes diretos fossem alvo dessa prática.
Os segmentos-alvo dos golpes são aqueles que comercializam produtos de fácil aceitação e que podem ser revendidos, por eles, em qualquer parte do País, tais como material de construção, peças automotivas, alimentos não perecíveis, material de higiene e limpeza, aparelhos eletroeletrônicos e confecções.
Para o ano de 2008, o maior número de golpes foi identificado nos estados do Sudeste com 50,50%, seguidos do Sul, 20,82%; Nordeste, 13,45%; Centro-Oeste, 10% e Norte, 5,23%.
Precaução
Conforme a Serasa, para identificar uma empresa golpista, é importante observar alguns sinais como o fato de o comprador preferir retirar as mercadorias no fornecedor, evitando recebê-las em sua sede, cujo endereço pode ser falso ou inexistente.
Há casos em que solicita a entrega em endereço diferente do informado no cadastro, alegando ser uma entrega direta ao cliente final.
Normalmente, os fraudadores fazem as primeiras compras à vista e depois do segundo ou terceiro pedido pedem prazo e, no vencimento da duplicata, o fornecedor já não encontra o comprador.
“Compare se o ramo de atividade da empresa é compatível com os produtos que ela pretende adquirir (empresas que busquem comprar produtos diferentes daqueles comercializados no seu ramo de atividade devem merecer maiores cuidados na análise, antes da efetivação do negócio)”, alertou a instituição.
É importante verificar ainda se a empresa não alterou recentemente o capital social, incluiu sócios ou promoveu mudança no ramo de atividade, adotando uma que englobe diversas atividades, tais como representações, importações e exportações, entre outros.
É importante verificar ainda se a empresa não alterou recentemente o capital social, incluiu sócios ou promoveu mudança no ramo de atividade, adotando uma que englobe diversas atividades, tais como representações, importações e exportações, entre outros.
Vale ainda ficar atento à data de constituição das empresas. Em sua grande maioria as quadrilhas se utilizam de CNPJs antigos para atuarem. Geralmente adquirem empresas que estão inativas, desativadas ou engavetadas, prevalecendo-se do pressuposto de que o mercado valoriza o tempo de atividade da empresa, tendendo a conceder crédito com maior facilidade e em montantes diferenciados.
Fonte: Financial Web
Fonte: Financial Web
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