Empresários do Vale do Itajaí registram R$ 680 mil em prejuízos com a enchente
Pesquisa da Fecomércio mostra resultados em três cidades atingidas pela cheia: Blumenau, Itajaí e Rio do Sul.
Empresários do Vale do Itajaí tiveram prejuízos de cerca de R$ 680 mil em estoque e infraestrutura devido a enchente do início do mês de setembro de 2011.
Este é o resultado da pesquisa sobre o impacto econômico feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio) em três municípios atingidos pelas cheias: Blumenau, Itajaí e Rio do Sul. Foram entrevistados 68 estabelecimentos, de 13 setores que tiveram suas lojas afetadas pela cheia.
A pesquisa mostrou que os prejuízos serão inevitáveis para praticamente todos os empresários, já que 98,5% dos entrevistados fizeram investimentos em estoque nos últimos três meses.
Quanto à infraestrutura, 58,8% dos empresários ouvidos fizeram melhorias ou reformas no estabelecimento comercial antes da enchente.
A perda estimada é de 34% em produtos e 33% em infraestrutura. Juntos, os empresários tinham um investimento médio de R$ 616 mil em estoque, e de R$ 62 mil em infraestrutura.
Compras a crédito vão pesar no bolso dos empresários
Outra notícia é que as compras feitas com crédito antecipado ainda vão pesar no bolso dos empresários pelos próximos cinco meses no caso dos estoques e pelos próximos 24 meses no caso de infraestrutura.
A Fecomércio também apurou como os empresários pretendem solucionar o problema. Pelo menos 73,2% disseram que terão condições de quitar a dívida com estoques com dinheiro próprio, mas outros 26,8% declararam estar em situação pior, de não quitação dos débitos.
Quanto à infraestrutura 45,5% disseram ter condições de pagar as dívidas futuras, enquanto 50% não terão condições de manter as dívidas feitas em prol do ponto comercial.
O estudo da Fecomércio mostrou ainda que os empresários do Vale do Itajaí estão mais preocupados em quitar as dívidas do que em reaver seus estoques ou investir novamente em infraestrutura.
Os empresários que tiveram as lojas atingidas pela enchente ficaram com seus estabelecimentos fechados, em média, seis dias.
* Jornal de Santa Catarina