Emprego formal em Joinville cresce mais que a economia e a população
O emprego formal cresceu, em média, 6% ao ano em Joinville entre 2004 e 2010. Esse índice é superior ao crescimento anual da economia no município (3.6%), da população geral (1,8%) e da população economicamente ativa, estimada em 1,4%. Em média, são criados, por ano, cerca de 9 mil empregos formais – os números passaram de 130.195 empregos em 2004 para 184.239 em 2010.
Os dados fazem parte do “Estudo sobre as condições de inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho formal no município de Joinville”, realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O estudo foi apresentado pelo técnico do Observatório do Trabalho do Dieese, Marcos Souza, na tarde desta quinta-feira (2/2), durante reunião do Conselho Municipal de Trabalho e Emprego, na Sala do Colegiado da Prefeitura. Também participaram dirigentes sindicais, do novo presidente da Ajorpeme, Gean Corrêa, e representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e de agências de recursos humanos.
O estudo foi contratado pela Secretaria de Integração e Desenvolvimento Econômico e entregue para a Secretaria de Assistência Social. “Temos agora um retrato do que acontece em Joinville e essas informações nos darão subsídios para a elaboração de projetos mais eficazes”, destacou a secretária de Assistência Social, Rosemeri Costa, lembrando que em março deve ser inaugurado o Cepat (Centro Público de Atendimento ao Trabalhador), que vai funcionar na rua Abdon Batista e integrará todos os serviços ligados à geração, qualificação e intermediação de mão de obra, inclusive o SINE Municipal.
A indústria é a responsável pelo maior número de empregos formais, seguido do comércio. As funções que mais empregam em Joinville são as de agente, assistente e auxiliar administrativo, seguido de operador do comércio em lojas e mercados. Segundo o Dieese, essas são as ocupações que despontam nos empregos formais em todo o País, e não seria diferente em Joinville.
Mas, aqui, o que chamou a atenção do órgão foi o crescimento das ocupações de vigilante e guarda de segurança, com um aumento médio anual de 22%.
Segundo o estudo, a maior taxa de crescimento foi verificada entre os trabalhadores com idade entre 50 e 64 anos, que cresceu em média 13% ao ano entre 2004 e 2010. Predominam em Joinville os trabalhadores que possuem o ensino médio completo. O emprego cresce mais intensamente nas faixas que representam escolaridade mais elevada. E o principal tipo de admissão em Joinville é o reemprego, situação recorrente no mercado de trabalho formal como um todo.
O técnico do Dieese ressaltou também como ponto positivo a oferta de cursos alinhados com as necessidades do mercado de trabalho. “Encontramos cursos para a indústria, para a gestão e para a área de ambiente, saúde e segurança do trabalho”, destacou.
O estudo foi feito com base nas informações do IBGE, da Secretaria de Comércio Exterior/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Secex/MDIC), da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do MTE e outras fontes oficiais de informação.
* Prefeitura de Joinville