‘Economia mundial é incerta, mas Brasil está menos vulnerável’, diz presidente do BC
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn disse que o cenário econômico mundial é incerto, mas dentro de um contexto de recuperação da atividade, e que o Brasil está menos vulnerável a choques externos. A afirmação foi ontem, 27.
Ilan, que participou de evento na noite passada, voltou a dizer que o “regime de câmbio flutuante é a primeira linha de defesa contra choques externos”, mas que isso mão impede o “BC de usar os instrumentos à sua disposição para evitar volatilidade excessiva no mercado de câmbio.”
Ele também afirmou que as reformas, em especial a da Previdência, são importantes para a sustentabilidade da desinflação e da queda da taxa de juros estrutural da economia.
“A evidência empírica tem novamente corroborado a importância da atuação da política monetária, e da política econômica de forma geral, para o controle da inflação”, afirmou em nota publicada pelo BC.
Ilan disse ainda que a taxa de juros do país está em queda diante da ancorarem das expectativas de inflação, a própria inflação em queda e atividade econômica fraca. Segundo ele, “a economia tem mostrado sinais mistos, mas compatíveis com a estabilização da economia no curto prazo”, e acrescentou: “a evidência sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017, mas que pode ser mais (ou menos) demorada do que a antecipada”.
O BC deu início ao atual processo de afrouxamento monetário em outubro passado, que já levou a Selic ao atual patamar de 12,25%, depois de dois cortes seguidos de 0,25 ponto percentual cada e mais dois de 0,75 ponto.
“Não só as expectativas, mas também as previsões de inflação do Banco Central, têm recuado de forma relevante para em torno da meta de 4,5% ou ligeiramente mais baixas”, afirmou Ilan.