Desemprego no Brasil atinge 13,6%; Em SC, dois a cada cinco jovens procuram trabalho
A taxa de desemprego no Brasil recuou pela primeira vez em quase dois anos e meio, ficando em 13,6% no trimestre encerrado em abril, mas ainda é cedo para apontar tendência de melhora, sobretudo após a crise política que atingiu o governo do presidente Michel Temer.
No trimestre encerrado em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 31, a taxa havia sido de 13,7%. A última vez que houve queda nesta comparação foi em novembro de 2014, quando estava em 6,5%.
A Pnad Contínua também mostrou leve queda na população desocupada, para 14,048 milhões de desempregados, sobre 14,176 milhões no primeiro trimestre. Entre fevereiro e abril de 2016, eram 11,411 milhões de desocupados.
A população ocupada subiu a 89,2 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em abril, ante 88,947 milhões na pesquisa anterior. No mesmo período do ano anterior, eram 90,633 milhões.
O rendimento do trabalhador ficou em R$ 2.107 no trimestre encerrado em abril, leve recuo em relação ao observado entre janeiro e março (R$ 2.115) e acima do observado em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.052).
Em SC, dois a cada cinco jovens procuram trabalho
Dois a cada cinco jovens de 14 a 17 anos estão à procura de emprego em Santa Catarina. Os adolescentes dessa faixa etária, que podem trabalhar dentro das regras da Lei da Aprendizagem, são considerados os mais vulneráveis às crises econômicas e representam hoje no Estado o grupo em que há maior taxa de desocupação. Além do grande volume proporcional de pessoas procurando trabalho nessa idade, o índice entre os jovens catarinenses foi o que mais cresceu no país desde 2012 conforme números do IBGE.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) trimestral, o desemprego nesse grupo apresentou um avanço de 143% de 2012 até o começo desse ano. O crescimento foi o maior para o período entre todos os Estados. No país, o aumento médio foi de 82%. Historicamente, a faixa dos 14 aos 17 anos é a que apresenta o maior nível de desocupação, mesmo nos países desenvolvidos, segundo o coordenador de Trabalho e Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Leite Corseuil. Em Santa Catarina, a realidade não é diferente.