Desafios econômicos de Colombo
O governador Raimundo Colombo não encontrará um mar de rosas nas receitas e despesas do Estado. O primeiro obstáculo será o menor crescimento da receita em relação ao registrado no governo anterior. O segundo é o endividamento do Estado e esqueletos de governos anteriores, como a Invesc e a federalização da dívida do Besc. Além disso, terá que trabalhar para melhorar a economia catarinense, que enfrenta dificuldades, especialmente na indústria e infraestrutura.
O secretário da Fazenda, Ubiratan Rezende, estuda alternativas para que a situação das finanças não fique insustentável de uma hora para outra. Um dos sinais de que não vai dar trégua já foi dado na entrevista ao Diário Catarinense. Afirmou que, no ano que vem, vai ser muito difícil alguém entrar na folha de pagamento do Estado e alguns gastos serão revistos.
O cenário será mais difícil porque a crise continua no Primeiro Mundo e a indústria catarinense, com perfil exportador, está crescendo menos do que a média do país em função disso e do dólar baixo, que dificulta exportações e acelera importações. E diante de pressões de fora e de dentro do Estado, terá que fazer ajustes no Pró-Emprego, que aumenta a receita de ICMS temporariamente com compras do exterior, mas provoca desindustrialização
* da coluna Informe Econômico, por Estela Benetti, no Diário Catarinense