Custo de empréstimos preocupa 70% das empresas
Valor do crédito deve conduzir a uma postura mais conservadora por conta da maior propensão à inadimplência
O custo dos empréstimos e financiamentos foi apontado por 70% das empresas como um fator de extremo impacto sobre as atividades e operações corporativas. O levantamento, divulgado nesta semana, foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e pela Deloitte e traz dados sobre a confiança no cenário de riscos decorrente da crise.
“Se há percepção de insegurança neste momento, é momentânea. No longo prazo há um a crença clara do potencial do mercado nacional”, explicou o sócio líder da Deloitte, José Paulo Rocha, durante a 11ª edição do Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais.
De acordo com o estudo, o encarecimento do crédito deve conduzir a uma postura mais conservadora por conta da maior propensão à inadimplência. As empresas apontaram que, mesmo com as reduções na taxa básica de juros (Selic), há aumento de pressão sobre o custo dos empréstimos, que nem sempre são compatíveis com a mudança esperada para suas taxas.
“Apesar de as empresas terem indicado pouca preocupação com a manutenção dos investimentos, no topo das incertezas está a gestão da crise no dia-a-dia”, afirmou Rocha a respeito das expectativas das companhias a curto e médio prazo, as quais devem fazer com que pequenas operações sejam mais cautelosas.
Outro fator influente nas atividades para 59% das companhias é a disponibilidade do crédito. Apesar disso, a pesquisa mostra que este dado indica sucesso nas medidas de incentivo à liquidez, tomadas pelo BC, sobretudo no que diz respeito à atuação dos bancos federais.
Fonte: Financial Web