Conversa com empresários
A presidente Dilma Rousseff reuniu-se com 28 empresários para ouvir as demandas do setor para aumentar o investimento privado e estimular o crescimento da economia. O objetivo do governo é fazer a economia crescer 4,5% em 2012. Tudo indica ser improvável chegar a 4%. No ano passado, o PIB ficou em 2,7%. Empresários pedem desoneração tributária e reclamam da política fiscal, que favorece as importações.
Importações
De tudo que o é importado por meio dos portos catarinenses, 62,1% são bens intermediários (alimentos e bebidas destinados à indústria, insumos para indústrias e peças e acessórios de equipamentos de transporte); 18,9% são bens de capital (em geral, maquinário e equipamentos para indústria) e só 18,6% são bens de consumo (produto acabado).
Na avaliação do secretário da Fazenda, Nelson Serpa, essa relação (mais insumos para indústria do que bens de consumo) mostra que não há desindustrialização. Pelo contrário, dá mais competitividade às indústrias, que conseguem diminuir os custos de produção.
Em Brasília
Na terça-feira, o governador Raimundo Colombo voltará a Brasília para apresentar aos técnicos do Ministério da Fazenda uma proposta de redução gradual da alíquota até o limite de 6%, além de definir setores em que serão analisadas as suas particularidades. A análise preliminar realizada pela Fazenda indica que os setores de aço, polímeros e matéria-prima para indústria têxtil poderão ter discussões à parte.
Queixas
Dois dos setores que mais argumentam que a indústria nacional está se desindustrializando são têxtil e metalmecânico. No período comparativo entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2012, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do setor têxtil em Santa Catarina aumentou 21,74% e o incremento no setor metalmecânico foi de 15,24%.
* da coluna Livre Mercado, A Notícia