30/03/2009
Classe média brasileira é a segunda mais tributada; Peru lidera
Pesquisa realizada pela Ernst & Young revelou que o contribuinte brasileiro de classe média é o segundo mais tributado da América do Sul, perdendo apenas para o Peru. A análise considerou, além dos dois países, a Argentina, o Chile e o Equador.
Os dados, divulgados na sexta-feira (27), levaram em consideração uma família de classe média padrão, com dois filhos pequenos e rendimento bruto mensal de R$ 3.012,24 (US$ 1.320). Para obter o valor pago sobre a renda, foram realizadas todas as deduções permitidas em cada país.
No Brasil, uma família que era tributada pela alíquota nominal mais alta em 2008, de 27,5%, agora será tributada em 22,5%. Em termos de alíquota efetiva, a queda é de 4,7% para 2,3% entre o ano passado e este ano.
Demais países
Apesar da queda na tributação, o Brasil ainda fica na frente de outros países. Considerando o mesmo perfil de família, na Argentina e na Colômbia, ainda que as alíquotas nominais sejam de 23% e 19%, na prática, não se pagará imposto em 2009.
Apesar da queda na tributação, o Brasil ainda fica na frente de outros países. Considerando o mesmo perfil de família, na Argentina e na Colômbia, ainda que as alíquotas nominais sejam de 23% e 19%, na prática, não se pagará imposto em 2009.
No Chile, a alíquota efetiva será de 0,77%. Apenas no Peru o imposto devido é maior que no Brasil, equivalente a 8,59% da renda.
Medidas contra a crise
O estudo ainda detectou que as medidas tomadas pelo governo brasileiro para amenizar os efeitos da crise para os contribuintes foram as menos impactantes, na comparação com os demais países analisados. Confira abaixo quais foram elas:
Criação de duas faixas intermediárias de Imposto de Renda: de 7,5% (para quem ganha entre R$ 1.434 e R$ 2.150) e de 22,5% (para quem tem renda entre R$ 2.866 e R$ 3.582);
O estudo ainda detectou que as medidas tomadas pelo governo brasileiro para amenizar os efeitos da crise para os contribuintes foram as menos impactantes, na comparação com os demais países analisados. Confira abaixo quais foram elas:
Criação de duas faixas intermediárias de Imposto de Renda: de 7,5% (para quem ganha entre R$ 1.434 e R$ 2.150) e de 22,5% (para quem tem renda entre R$ 2.866 e R$ 3.582);
Desconto do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para aquisição de automóveis novos;
Volta do limite de 30% para empréstimos consignados feitos por aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social);
Rapidez na liberação de restituições de até R$ 3 mil retidas na malha fina;
Ampliação do número máximo de parcelas do seguro-desemprego de cinco para sete, nos setores mais afetados pela crise;
Alargamento da população beneficiada pelo programa Bolsa-Família.
Fonte: Abrapi
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