Ciberataque atinge 200 mil em pelo menos 150 países, diz Europol
O ciberataque que aconteceu na sexta-feira, 12, atingiu 200 mil vítimas em pelo menos 150 países e esse número pode aumentar quando as pessoas voltarem ao trabalho nesta segunda-feira, 15, disse o diretor da agência de polícia da União Europeia domingo, 14.
O diretor da Europol, Rob Wainwright, disse em entrevista para a TV que o ataque foi singular no sentido de que o ransomware foi usado em combinação com uma “funcionalidade de verme”, por isso a infecção se espalhou rapidamente.
Ele disse que a Europol e outras agências ainda não sabem quem está por trás do ataque, mas “normalmente tem objetivos criminosos e essa é a primeira teoria com a qual trabalhamos por motivos óbvios”.
Já o governo britânico ainda não sabe quem estava por trás dos ataques cibernéticos globais que perturbaram o sistema de saúde do país, disse a ministra do Interior, Amber Ruud.
“Não podemos dizer quem está por trás dos ataques. Este trabalho ainda está em andamento”, disse a ministra à rádio BBC.
Segundo ela, o Centro Nacional de Segurança Cibernética está trabalhando com o serviço de saúde do país para garantir que o ataque fosse contido, enquanto a Agência Nacional de Crimes trabalhava para encontrar os responsáveis pelo ataque.
Ruud afirmou que o governo não sabe se o ataque foi direcionado por um governo estrangeiro.
Na sexta-feira, hackers enganaram suas vítimas, fazendo-as abrir anexos maliciosos em e-mails de spam que pareciam conter pagamentos, ofertas de emprego, avisos de segurança e outros arquivos legítimos.
Ruud disse que o ataque não foi especificamente direcionado ao serviço de saúde do Reino Unido.
“(O vírus) parece aleatório em relação ao seu destino e onde ele foi aberto”, disse.
Apesar de 45 organizações de saúde na Inglaterra e na Escócia terem sido afetadas pelo programa malicioso, nenhum dado de pacientes foi acessado ou transferido, disse Ruud.
A ministra disse que lições podem ser tomadas a partir do ataque. “Há lições a serem aprendidas. Por que certas regiões foram mais afetadas que outras? Tem a ver com o programa? Tem a ver com melhor tecnologia de informação?”.
Paralelamente, no sábado, chefes financeiros do grupo dos sete países mais ricos comprometeram-se a juntar forças para enfrentar a crescente ameaça de ataques cibernéticos internacionais, de acordo com um comunicado de uma reunião que está sendo realizada em Bari, na Itália.