Brota uma esperança: fim da crise em 2010
A recessão nos Estados Unidos pode estar perto do fim, mas a recuperação econômica, que deve começar em 2010, será difícil e vagarosa, bem aquém do seu potencial. Essa é a previsão de um dos maiores especialistas no assunto, o conselheiro senior do Tesouro norte-americano e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e professor da NYU's Stern School of Business, Nouriel Roubini, publicada no site do The Wall Street Journal.
“O consenso geral é que a recessão terminará em algum momento no segundo semestre de 2009”, diz ele, completando que acredita que parte da contração econômica deve diminuir consideravelmente até o final do ano.
Pela previsão de Roubini, após resultados negativos no segundo e terceiro trimestres deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos deve se estabilizar nos últimos três meses de 2009 e voltar à casa positiva no período seguinte. A melhora, porém, não decretará o fim dos problemas econômicos. “Recessões não são medidas exclusivamente por contrações do PIB”, ressalva. Ele lembra que o desempenho de indicadores como produção industrial, desemprego e salários, vendas do atacado e do varejo também são considerados na hora definir o começo e o final de períodos de crise.
O fato do PIB parar de encolher não significa que todos os outros indicadores econômicos irão bem. Muitos deles só devem começar a mostrar recuperação na metade de 2010. “Incrementos na atividade econômica são presentes e visíveis na redução das demissões, na melhora da produção industrial, na estabilização da construção civil e nas condições financeiras. Mesmo assim, a RGE Monitor não vê ainda sinais de uma recuperação forte e sustentável”, afirma.
A RGE Monitor (Roubini Global Economics) é uma empresa de análises financeiras e da economia internacional criada pelo especialista em 2004 e que conta com consultores na Europa e Ásia, além dos Estados Unidos.
Ainda segundo Roubini, uma recessão tão longa e severa como a atual – comparável à Grande Depressão de 1929 – não deve voltar a acontecer.
Fonte: Diário do Comércio