Brasil é o 2º país mais complexo da América Latina em compliance
Muita burocracia, uma sequência de escândalos políticos e proximidade da eleição presidencial promoveram o Brasil em um ranking que não se move por excesso de qualidades observadas em quase uma centena de economias. O Brasil segue em destaque entre os países que mais atrapalham a vida dos investidores globais que têm dificuldade para aderir e, portanto, cumprir normas regulatórias e legislação corporativa. Neste ano, o Brasil volta a ocupar a 2ª posição entre os países mais complexos da América Latina na prática de compliance e a 7ª posição no ranking
internacional que reúne 84 economias.
O Brasil perde a liderança para a Argentina na composição do Índice de Complexidade de Compliance elaborado pela TMF Group – maior consultoria do mundo na prestação de serviços a empresas. No relatório a que o Valor teve acesso com exclusividade, a TMF afirma que essa classificação não surpreende. A consultoria indica que a economia brasileira continua a causar problemas para os profissionais responsáveis pela formalização de contratos e definição de estratégias com foco no aumento de participação em mercado.
A TMF lembra que embora não tenha havido, nos últimos meses, mudanças em grande escala nos procedimentos de registro de empresas na Junta Comercial, Receita Federal e Prefeituras, os processos tornaram-se mais burocráticos por aqui.
E chama atenção para o aumento de incertezas em função de um cenário político “marcada por s no país em função de um cenário político “marcado por escândalos e eleições iminentes”.
O elenco de 84 países monitorados pela TMF, e distribuídos por regiões, é composto, em 50%, por nações localizadas na Europa, Oriente Médio e África; 26% dos países estão nas Américas; e mais de 20% estão na Ásia e Pacífico. Três das seis economias mais “complexas” para a gestão de negócios estão na América Latina: Argentina, Brasil e Uruguai. Na ponta oposta – entre as que apresentam maiores facilidades quanto aos investimentos – estão Dinamarca e Irlanda.
Fonte: Valor Econômico