BC pretende estimular a entrada de dólares no País
O Banco Central reduziu o custo para que instituições financeiras tragam recursos de filiais no exterior para o Brasil. Com isto, a instituição pretende estimular a entrada de dólares no País e, por consequência, ajudar a conter a alta da moeda americana. A norma já está em vigor, porém, a medida não reduz “a prudência e a solidez do sistema financeiro”, afirma em comunicado, acrescentando que as prudenciais brasileiras continuam significativamente mais conservadoras que o padrão internacional.
No embalo da medida, o governo também anunciou, recentemente, outras medidas para suavizar a alta do dólar. No último dia 3, o BC eliminou as restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados. Antes, os exportadores que quisessem antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o exterior poderiam pegar empréstimos de até cinco anos. O BC derrubou esse limite, permitindo que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos, o que aumenta a oferta de dólares no mercado, empurrando a cotação para baixo.
Além disto, o Banco retirou o depósito compulsório sobre a posição vendida de câmbio. Com isso, os bancos deixaram de recolher à autoridade monetária parte dos valores aplicados em apostas de que o dólar vai cair. Outra atuação do BC é por meio de operações de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro.
Anterior a estas ações, o Banco Central já havia zerado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Antes, a alíquota era 6%. Outra mudança foi a isenção de IOF, que era cobrado, com alíquota de 1%, sobre a venda de moeda estrangeira no mercado futuro.
Jornal do Commercio