Balança comercial da indústria de SC tem saldo negativo de US$ 1,4 bi
A balança comercial da indústria catarinense fechou o primeiro trimestre do ano com saldo negativo de US$ 1,4 bilhão.
As exportações somaram US$ 1,88 bilhão, alta de 19,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto as importações atingiram US$ 3,29 bilhões, valor 27,4% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2010. Os dados foram divulgados ontem pela Federação das Indústrias (Fiesc).
O diretor de Relações Industriais e Institucionais da Fiesc, Henry Quaresma, destaca que as exportações de Santa Catarina estão crescendo abaixo da média brasileira, que registrou alta de 30,6% no período. Santa Catarina teve participação de 3,8% nas exportações brasileiras, ocupando a 10ª posição no ranking nacional.
– Ainda é muito cedo para dizer se as medidas adotadas pelo governo federal são suficientes, mas esperamos que elas contribuam para a melhora da taxa de câmbio voltada à exportação – afirma Quaresma.
Para o diretor da Fiesc, o câmbio, quando é favorável à importação, expõe as problemas da economia, como o Custo Brasil, que reúne uma série de gastos que incidem sobre a produção e dificultam a inserção de produtos no mercado internacional.
– A questão do câmbio é sempre uma equação complexa, e o reflexo dele varia de setor para setor, mas o dólar a um patamar melhor oferece mais competitividade à indústria – avalia o diretor.
Exportação de carnes registra crescimento
Dos 10 principais produtos vendidos por Santa Catarina ao mercado internacional no trimestre, nove registraram incremento. A carne de frango, principal produto da pauta, teve aumento de 26,7% (US$ 482,4 mi); a carne suína, de 47,5% (US$ 100,7 mi); e os blocos de cilindros e cabeçotes para motores registraram alta de 55,8% (US$ 90,5 mi).
Os EUA lideram a lista dos destinos das exportações catarinenses, com crescimento de 16,5% nas compras (US$ 209,2 milhões). Dos principais países de quem SC mais importou, destacam-se China, com aumento de 35% (US$ 882,5 mi); Chile, com alta de 29% (US$ 391,8 mi); e Argentina, com ganho de 24,7% (US$ 326,9 mi).
* Diário Catarinense