Audiência tenta frear a greve dos transportadores de valores
Encontro que ocorre hoje pode dar fim à paralisação que deixa caixas sem dinheiro.
Uma audiência de conciliação na Justiça do Trabalho hoje à tarde, em Itajaí, vai tentar pôr fim à greve dos transportadores de valores em Santa Catarina, cuja paralisação começou no dia 1º e já compromete o abastecimento das agências bancárias e terminais de autoatendimento de várias cidades. Na última sexta-feira, estimativas apontavam que 50% dos caixas eletrônicos destacados das agências (em supermercados e rodoviárias, por exemplo) estariam sem cédulas disponíveis para saque.
Patrões e empregados divergem quanto ao reajuste anual na remuneração da classe. Enquanto o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Santa Catarina (Sindesp/SC) ofereceu aumento de 4%, o Sindicato dos Empregados em Transportes de Valores de Santa Catarina (Sintravasc) reivindica 14,88%, mais vale-alimentação nas férias e plano de saúde integral.
Os trabalhadores devem fazer assembleias em várias cidades do Estado à noite para avaliar eventual nova proposta.
Segundo informações do Sintravasc, a greve alcança 100% dos trabalhadores de Joinville, Florianópolis, Criciúma, Blumenau, Itajaí, Chapecó e Tubarão. A categoria em Joaçaba e Lages retornou ao trabalho na quarta-feira.
Se a audiência na 2ª Vara de Trabalho em Itajaí não resultar em acordo entre os sindicatos, será encaminhado um dissídio coletivo e julgamento pela Justiça, o que prorrogará a paralisação por mais alguns dias.
Insegurança
O presidente do Sintravasc, Vilson Soares dos Santos, afirma ter recebido informações de que caixas eletrônicos estariam sendo abastecidos por carros de passeio em Joinville. Ele não soube afirmar quais bancos teriam adotado a medida, considerada por ele muito insegura.
Vilson garante que a greve afeta toda a região Norte do Estado. Em Joinville, a expectativa é de que a assembleia de trabalhadores ocorra por volta das 19 horas. “Vai depender de quanto tempo vai demorar a audiência que teremos com o sindicato patronal durante a tarde”, explica.
“Eles não estão dando o braço a torcer, insistem nos 4%. Se tivermos que esperar por uma decisão do Tribunal pode levar uns 20 dias”, acrescenta.
* A Notícia