Arrecadação de impostos em SC cresce 6% no semestre
A arrecadação de impostos em Santa Catarina cresceu 6% no primeiro semestre ante igual período do ano anterior. A informação é da Secretaria de Estado da Fazenda acrescentando que em junho o total arrecadado alcançou R$ 1,9 bilhão, com alta de 9,8% frente a igual período de 2016 e de 3% na comparação com o mês anterior, maio.
A arrecadação inclui ICMS, IPVA, ITCMD, taxas estaduais e repasses da União. Como a inflação acumulada está em 3,6%, houve uma alta real superior a 2%, mas é insuficiente para cobrir reajustes concedidos com base na inflação do ano passado, que superou 6%.
Em sintonia com a alta de emprego, mas também com monitoramento de contribuintes e fim do acúmulo de créditos de ICMS, o setor têxtil registrou o maior crescimento na arrecadação do imposto, 28% no primeiro semestre. Em segundo lugar, ficou o setor de embalagens, com alta de 20%, resultado principalmente de menor crédito de ICMS acumulado devido a estoques menores. Em terceiro lugar ficou o setor de supermercados, com alta de 11% na arrecadação, especialmente em função de cobrança de dívidas tributárias. O setor de combustíveis registrou alta de 5,2%, com alta de preços e leve aumento de consumo. O ICMS da energia teve queda de 11% no primeiro semestre e o de metalurgia, de 4,6%.
Na sequência, as vendas da indústria catarinense cresceram em maio. A receita teve alta real dessazonalizada de 5,8% frente ao mês anterior e de 1,5% frente ao mesmo mês do ano passado, segundo a Fiesc. De janeiro a maio, a receita real caiu 2,31%. As maiores altas em maio na comparação com o mês anterior ocorreram em equipamentos de informática e eletrônicos (22,97%), metalurgia (21,75%) e produtos de metal (20,16%. Só dois setores, máquinas e equipamentos e bebidas tiveram perdas.
Já no primeiro semestre, as consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) de SC tiveram queda de 1,83% frente ao mesmo período do ano passado. Para a Federação das CDLs (FCDL-SC), esse recuo é reflexo da redução da oferta de crédito e alta taxa de juros, contrariando a inflação, que está em queda. A entidade avalia também que a crise política derrubou a confiança do consumidor.