Aposentadoria polpuda é sonho de muitos
Mas é bom seguir algumas dicas na hora de escolher o plano de previdência adequado para não precisar depender do INSS.
SÃO PAULO – Os planos de previdência privada estão conquistando os brasileiros, cada vez mais cientes de que é impossível viver apenas com o dinheiro da aposentadoria do governo. Isso porque, com o aumento da expectativa de vida, a tendência é de achatamento do teto do benefício pago pela Previdência Social. Além de complementar a aposentadoria oficial no futuro, os planos têm sido a alternativa encontrada por muitos para acumular recursos para bancar com segurança o estudo dos filhos, comprar a casa própria e até abrir um negócio, entre outros objetivos.
Pelos dados mais recentes da Federação Nacional de Previdência Privada (Fenaprevi), de janeiro a abril deste ano o mercado de previdência privada captou R$ 10,5 bilhões, uma expansão de 7,05% em relação a igual período do ano passado. No País todo, foram comercializados 12,2 milhões de contratos de planos. E cerca de 10 mil pessoas já estão usufruindo dos benefícios.
Prudência na escolha
Números tão robustos despertam o interesse de quem ainda não tem um investimento desse. Especialistas em finanças recomendam, entretanto, prudência na hora de escolher o plano mais adequado e que se encaixe no orçamento. A diversidade oferecida no mercado é grande e há opções para todos os gostos e bolsos.
Em primeiro lugar, os interessados devem saber que, independentemente do plano escolhido, esse é um investimento de longo prazo de, no mínimo, dez anos. É um dinheiro que se reserva para permanecer intacto, seja mensal ou anualmente, se a intenção é realmente complementar a aposentadoria oficial ou garantir algum outro projeto futuro.
O consultor em finanças pessoais e presidente do Instituto de Educação Financeira, Reinaldo Domingos, garante que a aquisição de um plano de previdência pode ser um excelente negócio desde que o dinheiro não seja mexido antes do prazo contratado. “É um dinheiro que deve ser preservado a todo o custo. Se o investidor pensar em mexer antes de dez anos, é melhor não comprar”, alerta Domingos.
Quanto investir
Uma das recomendações é identificar qual o valor necessário para atingir a independência financeira em determinado momento da vida. Para facilitar o raciocínio, o consultor dá uma dica importante. Basta multiplicar por dois o valor da renda atual.
Assim, quem tem um rendimento mensal de R$ 5 mil, por exemplo, deve reservar por mês ou anualmente, por um período predeterminado, parte do valor que será acumulado ao longo dos anos para, no futuro, receber R$ 10 mil mensais. Quanto maior a idade do participante, maior o valor dessa contribuição, daí a importância de começar a planejar esse investimento cedo.
O cálculo para chegar ao valor do aporte é complexo e depende de variáveis como o sexo do comprador, idade, estado de saúde, região do participante e quando ele pretende receber os recursos.
Para identificar o período em que se quer usufruir do dinheiro aplicado, no futuro, alguns especialistas recomendam usar como parâmetro a época em o segurado deve começar a receber os benefícios da previdência oficial.
Para facilitar, atualmente, todas as seguradoras fazem simulações para identificar o produto mais adequado ao perfil de cada potencial participante.
Fonte: Diário do Comércio