Antecipar a restituição exige cautela
Com os juros para os empréstimos chegando a 3,38% ao mês, contrato pode não valer a penaContribuintes que optam pelo crédito bancário e dão como garantia a restituição do Imposto de Renda (IR) devem ficar atentos aos prazos, às taxas e às condições dos empréstimos.
Se o contribuinte cair na malha fina, pode ter duas pendências para resolver: quitar o provável débito com o Fisco e pagar o que deve ao banco. O prazo para a declaração iniciou neste mês e vai até 29 de abril.
Entre os quatro maiores bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Itaú –, os juros pela operação variam entre 2,35% e 3,38% ao mês (veja quadro abaixo). O valor a ser antecipado, por meio do empréstimo, também varia de banco para banco, e pode chegar a 100% da restituição.
Apesar das taxas de juros a princípio mais vantajosas em relação a outras modalidades de crédito, como o empréstimo pessoal, as taxas para antecipar o IR ainda estão elevadas. Como a devolução do Imposto de Renda é calculada com base na taxa Selic, que normalmente tem valor mais baixo do que os cobrados pelos bancos, a antecipação pode não se tornar interessante.
Todos os anos, a Receita Federal libera as restituições a partir de junho. São sete lotes regulares no 15º dia útil do mês. O último sai em 15 de dezembro. Quem não for incluído nesses lotes caiu na malha fina.
O programa para a declaração está disponível no site da Receita Federal. A Receita estima receber 24 milhões de declarações. Até ontem, mais de 920 mil contribuintes já haviam entregado a declaração. Somente nesta quarta, foi registrada uma média de 9 mil declarações por hora.
Em SC, em 2010, 1,070 milhão de contribuintes entregaram o IR. No ano anterior, 1,24 milhão. Com as mudanças anunciadas para este ano, o volume de declarações deve fechar entre 1,05 milhão e 1,08 milhão em 2011. Está obrigado a declarar o contribuinte que, no ano passado, recebeu rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 22.487,25.
* Diário Catarinense